O QUE EU ANDEI PARA CHEGAR AQUI - VIII SIAKA BAMBA

A vida tem muitos desígnios e no futebol muito mais.

Quantos jogadores acreditamos que poderiam ter uma carreira fulgurante e jamais confirmaram essa premonição? Mas, mesmo assim, estarão ligados a momentos marcantes... que, de um modo ou de outro, os torna inesquecíveis.

Siaka Bamba poderá ser um desses casos. Médio defensivo marfinense, contratado pelo Vitória ao Feirense na época de 2011/12, depois de ter brilhado a grande altura no Chaves, só na seguinte chegaria ao Vitória, depois de ter cumprido um ano de tirocínio no clube que alienara o seu passe.

E, essa seria a única que disputaria de Rei ao peito, ainda que durante esse período vivesse momentos inesquecíveis, a começar pelo facto de ter sido o primeiro golo apontado pela equipa B, que se formara nesse exercício, no triunfo por duas bolas a zero frente ao Atlético.

Mas, Bamba seria, também, o homem que naquele inesquecível desafio frente ao Braga, nos quartos de final da Taça de Portugal, que abriu as portas para o sonho do Jamor tornar-se em realidade, substituiu, logo aos 8 minutos, o lesionado Kanu, actuando a defesa direito com raça, abnegação e desvelo. Ao todo, disputaria dez jogos na equipa principal e vinte e quatro na B, antes de abandonar o Vitória, sem sequer ter sido merecedor de uma aposta mais efectiva.

Regressaria a Chaves durante três temporadas, entrecortadas por uma breve comissão de serviço no Chipre, para depois disso não se estabelecer nos diversos emblemas que representou. Assim, passou pelo Cova da Piedade, Sintrense, Fátima, foi até Angola ao Recreativo Libolo para regressar pela porta do Valadares Gaia, voltando ao Fátima, até chegar à União de Tomar na época de 2020/21-

Na cidade nabantina estabeleceu-se, estando, agora, a disputar a sexta época no clube. São já 127 partidas que actuou no clube que disputa a 1ª Divisão da AF Santarém... mas com a certeza que poderia ter ido muito mais além! São coisas do futebol...

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