A força do Vitória consistirá sempre na simbiose entre o apoio que provem das bancadas e a dedicação colocada pelos jogadores em cada lance de todas as partidas que disputem.
Naquela temporada de 2022/23, essa foi a realidade em cada jogo, em cada lance, em cada momento em que o Rei esteve em campo.
Na verdade, a equipa sofrera um rombo no início da temporada, com a surpreendente partida do treinador Pepa. Perdera o seu máximo goleador, Estupiñan. Também, o seu capitão e um dos atletas mais talentosos, Rochinha. Era um ano de remodelação e de reformulação.
Deste modo, desde o primeiro momento da época, percebeu-se que o campeonato teria de ser cumprido mais na alma e no trabalho do que no talento. Na união de todos em detrimento da genialidade de alguns. Na compreensão que das bancadas deveria advir nos momentos mais melindrosos e no apoio que levaria a que os atletas dessem um pouco mais de si, um espírito de união inigualável.
Assim, se chegou aquela tarde de 21 de Maio de 2023, em que um triunfo perante o Gil Vicente, após três êxitos consecutivos seria o sinónimo de novo apuramento europeu. Não seria um jogo apaixonante, entusiasmante...aquele Vitória era diferente. Era união em vez de ilusão. Solidariedade em vez de espectáculo. A força do Grupo (até para polémicas aventuras nocturnas que tinham feito correr muita tinta e colocado muitos elementos na ribalta dos comentários) à apologia do indivíduo. Por isso, aquele golo apontado aos 90+3 minutos por Anderson Silva foi o sinónimo de uma temporada: crença até ao final, esforço e suor até ao último segundo e uma bancada incapaz de virar as costas um segundo que fosse aos seus.
Por isso, no final fez-se a festa.... do campo para a bancada, com esta a celebrar com aqueles que haviam sido capazes de demonstrar que mais que o talento estava a dedicação...que mais que o génio do indivíduo, valia a força do grupo. E que com jogadores e bancada a remarem para o mesmo lado tudo era