I - Finalmente... Depois de oito jogos consecutivos sem vencerl, os Conquistadores redescobriram o caminho da felicidade, frente a um débil AVS. Com efeito, datava do já longínquo dia 12 de Dezembro de 2024 o último êxito dos Conquistadores, obtido na Suíça, numa enxurrada de bom futebol e de golos, perante o St. Gallen.
II - Entretanto, Rui Borges partiu rumo ao Sporting, Daniel Sousa, o seu substituto, nem sequer aqueceu o lugar e Luís Freire procura ganhar corpo e substância no lugar. Porém, verdade seja dita, que as condições para o terceiro treinador da temporada pioraram com as partidas de Alberto, Manu e Kaio César, quase obrigando a (re)descobrir um modelo eficaz.
III - Na primeira metade da partida de hoje frente ao AVS, o Vitória assemelhou-se à equipa titubeante e insegura da contenda do passado Domingo frente ao Estoril. Apesar de ter o controlo da partida, os Conquistadores, durante os primeiros quarenta e cinco minutos, foram demasiado lentos, previsíveis, sendo incapazes de desmontar os blocos recuados do adversário.
IV - Nesse período, destaque pela negativa para o juiz Hélder Malheiro. Novamente, sentiu-se a saga da arbitragem que persiste em prejudicar o Vitória. É verdade que Borevkovic jogou a bola com a mão, pela que a falta teria de ser assinalada. Mas a prontidão como árbitro apontou para o ponto de castigo máximo merecerá destaque. Valeu a reposição da verdade pelo VAR, Ricardo Baixinho... e, pasme-se, Malheiro conseguiu colocar a bola no local onde foi a falta sem recorrer a imagens. Então, se tinha a certeza onde foi cometida a infracção, fora da área de castigo máximo, porque apontou para este?
V - Assim se chegou ao intervalo, com a certeza que os Conquistadores teriam de abanar com o jogo. Dar um esticão que desequilibrasse o adversário. Obrigá-lo a sair da sua zona de conforto. Ora, para tal era importante que aparecessem os homens mais imprevisíveis da equipa.
VI - Seria Telmo Arcanjo a responder presente à chamada. Numa arrancada conseguiria expulsar Gustavo Assunção, passando o Vitória a beneficiar de vantagem numérica. E seria assim que os Conquistadores levariam a que o estádio D. Afonso Henriques suspirasse de alívio, graças ao golo de Samu que provou que desistir dos lances jamais será opção. O Vitória colocava-se em vantagem e contra dez oponentes, tinha caminho aberto para o êxito.
VII - Tal seria confirmado com um belo tento do melhor jogador em campo na partida. Com o remate colocado de Telmo, o Vitória colocava-se a salvo de qualquer imprevisto, permitindo que Luís Freire estreasse Úmaro Embaló e desse mais minutos a Vando Félix. Pode-se dizer que ambos agradaram, pelo seu empreendedorismo e velocidade. Ambos buliçosos e corajosos no 1*1 poderão ser bastante úteis no que faltará da temporada.
VIII - Terminava a partida com sabor de alívio entre todos. Os Conquistadores regressavam aos êxitos e, acima de tudo, recuperavam alguma da confiança perdida. Ao contrário da partida da semana passada contra o Estoril, controlaram totalmente o jogo, gerindo-o com frieza e sem riscos.
IX - Segue-se o Famalicão no recinto do adversário. Perante um adversário aquém do que se esperava no campeonato e num local onde ultimamente o Vitória tem realizado bons resultados (quem poderá esquecer os sete golos sem resposta na temporada de 2019/20 ou a feliz estreia na pretérita temporada de Álvaro Pacheco), será premente manter essa boa sequência. E, para isso suceder, nada melhor do que ir com a confiança novamente em alta, depois de se ter redescoberto o caminho da felicidade.
X - VIVA O VITÓRIA...SEMPRE!