Como escrevemos, os sócios vitorianos não aceitaram a proposta da direcção para aumentar as quotas, o que levou a que a Assembleia Geral de Julho de 1985 fosse suspensa para, posteriormente, se proceder à votação da proposta que os associados considerassem mais apropriada.
Os resultados da votação como noticiou o Jornal Povo de Guimarães de 24 de Julho de 1985, "revelaram uma clara derrota da proposta apresentada pela Direcção que foi a menos votada, obtendo apenas 87 votos (12,8%)." A proposta vencedora, essa, era a que apresentava os valores mais baixos que contabilizou 352 votos, ou seja 52,1% dos votos expressos. Assim "a proposta aprovada estabelece as quotas da Bancada Central (540$00), Bancada Lateral (350$00) e Superior (240$00).”
Depois de conhecidos os resultados, contrários aos interesses da direcção do clube, "o Presidente da Direcção afirmou que a baixa aprovada aos valores propostos pela Direcção não iriam afectar a capacidade financeira do Club até Dezembro, mas que depois haveria dificuldades, o que afectaria os futuros dirigentes do Club."
Valerá a pena citar Pimenta em discurso directo, numa cominação acerca do futuro do Vitória: " - Só espero que a escolha dos sócios não se venha a tornar em Dezembro como uma preocupação. Os senhores assumiram a responsabilidade perante os meus sucessores da situação financeira que irão encontrar. Foi com a intenção de beneficiar o clube a que me sujeitei a ficar o odioso, retirando essa tarefa à futura direcção." No fundo, dava a entender que não se iria recandidatar, algo que não sucederia, pois a história do presidente vitoriano que esteve mais tempo em funções ainda estava a começar....