E AGORA?

Parece certo que Kaio César e Manu estarão de malas aviadas para paragens mais abonadas financeiramente.

A suceder, tal fará com que o Vitória tenha vivido um mês de Janeiro de fortes ganhos financeiros, que lhe permitirão olhar para os próximos tempos com outra tranquilidade. Apesar disso, refira-se que ainda não existe qualquer confirmação quanto ao valor da cessão dos direitos económicos do medo defensivo e os valores de 10 milhões pelo buliçoso extremo canarinho sabem a pouco, até pela proveniência do comprador.

Porém, a verdade é que, neste mês de Janeiro, o Vitória, para além das trocas e baldrocas de treinador, já perdeu três titulares e um homem (Tomás Ribeiro) que todos viam como muito útil.

Na verdade, muitos dirão que, no início da temporada, Alberto e Manu nunca seriam opções a ter em conta para a titularidade. Apesar de ser verdade, ainda é mais verdade que uma equipa é uma obra em constante evolução. Que os treinadores existem para retocar o puzzle da equipa, dar passos em frente na evolução do conjunto e tirar o máximo partido de quem treina. Assim, apareceram de modo altissonante Alberto e Manu que ajudaram a catapultar o futebol vitoriano para um nível acima da média. Outros acrescentarão que Tomás Ribeiro não contava para as opções. Mas, após a sua partida, percebeu-se do quanto podia fazer falta, já que com a grave lesão de Jorge Fernandes e Mikel pouco afirmativo, o sector defensivo acabou por ficar deficitário.

Por fim, Kaio César. Um dos grandes desequilibrados do futebol vitoriano, com qualquer um dos três treinadores que conheceu no presente ano. Um jogador em evolução, mas a dar a entender que pode chegar a altos patamares, até pela sua idade. Dá a entender que a sua partida para a Arábia Saudita será uma escala para outros palcos, ainda que actuar no AL Hilal de Jorge Jesus significará muito dinheiro no bolso.

Porém, mais do que isso, importará olhar o futuro. SIm.. e agora? O plantel do Vitória, apesar de forte em alguns sectores como o meio campo, tem carências, principalmente na fase ofensiva. Michel é um miúdo que não pode carregar a obrigatoriedade de marcar golos em todos os jogos, Nélson Oliveira voltou ontem e se mantiver o killer-instinct que apresentava antes da lesão não resolverá o problema e Chucho ontem nem opção foi. Além disso, as carências de Ricardo Mangas e, agora, de Kaio poderão fazer-se notar.

Por isso, serão necessários reforços. Alvos já existiram, tendo, supostamente, o Vitória perdido o extremo André Luiz para o Rio Ave. Mas, acima de tudo, deverá existir a necessidade de integrar com sapiência, mas a velocidade relâmpago, os novos atletas... acima de tudo, tentando evitar quase ter de fazer uma pré-temporada em competição, com os efeitos perniciosos que daí adviriam e que poderiam passar pelo não apuramento europeu. E, verdade seja dito, este ano todos percebemos o quão valiosa é a montra do futebol europeu!

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