COMO, DEPOIS DE TANTAS HISTÓRIAS, MAIS UMA VEZ, NA NOITE DE ONTEM, RUI OLIVEIRA, O VAR DA PARTIDA ENTRE O VITÓRIA E O AROUCA, VOLTOU A DEIXAR A SUA TRISTE MARCA...

Já aqui escrevemos que, ontem, o Vitória ficou aquém do esperado. Contudo, para além da pouco conseguida exibição vitoriana na segunda metade, a verdade é que não podemos escamotear o que aconteceu... e que se fosse em outros campos jamais teria acontecido.

Assim, duas decisões incompreensíveis de um árbitro que merece os favores da imprensa, elogiando a sua capacidade em decidir, custaram dois pontos à equipa de Luís Freire. Falamos do árbitro Miguel Nogueira que confiou cegamente nas decisões do VAR, Rui Oliveira (na fotografia), ao invés de ir aquilatar com os seus próprios olhos os referidos lances.

Porém, o referido VAR será o espelho da (des)ordem da arbitragem portuguesa e um bom exemplo da sua actual descredibilização, apesar dos responsáveis do futebol português assobiarem para o ar, talvez satisfeitos com o status quo que este vai apresentando.

Falemos, pois, de Rui Oliveira, o homem que, ontem, subverteu as regras mais básicas do futebol, algo que já está habituado a fazer desde há muito tempo... ainda que não entre em campo para apitar uma partida de futebol masculina desde o dia 18 de Julho de 2020, altura em que dirigiu a partida entre o Rio Ave o Santa Clara, dedicando-se, a partir desse momento, ao VAR e a algumas contendas da Liga feminina.

Porém, para chegar a calcorrear os principais relvados portugueses, Rui passou por um conturbado processo... que chegou mesmo a meter "copianço" como os alunos pouco aplicados, ainda que tivesse, desde sempre, a protecção do seu sogro, Alexandre Morgado, antigo presidente do Conselho de Arbitragem da AF Porto e que se demitiu por causa dos sucessivos casos com o Canelas e pelo seu genro, Rui, ter furado o boicote dos juizes à equipa que era associada à claque do FC Porto numa partida contra o Castelo da Maia.

Mas, voltemos aos copianços e como o crime compensou no caso do juiz. Estávamos em 2013 e o VAR da partida de ontem do Vitória candidatava-se à Primeira Categoria. A meio de um exame escrito, o telemóvel de um colega seu de curso, o alentejano Dinis Gorjão, tocou. Apesar de imediatamente o ter desligado, foi repreendido pelo examinador, ainda que no final da prova, depois de a entregar, tenha-lhe sido assegurado que não existiria qualquer problema. Na mesma prova, Rui Oliveira, o VAR de ontem, foi apanhado a copiar, tendo-lhe sido recolhido o exame e o mesmo anulado. Porém, sabe-se lá porque, de repente tudo mudar. A promessa que o exame de Gorjão seria apreciado caiu em saco roto e o mesmo foi anulado, tal como o do seu colega houvera sido.

Seguiram-se provas físicas em pista e o bejense conclui o máximo possível: 15 voltas completas. Já o árbitro do Porto não passou das… 10! Dias depois, vir-se-ia a saber da anulação dos testes... ainda que ambos tivessem sido corrigidos. Assim, sem Gorjão ter sido ilibado, seria Oliveira o escolhido para integrar o estágio de juizes e, por isso, chegar à primeira categoria,.

Aí, durante os anos que pisou os relvados, desencadeou diversas polémicas que o levou a dizer que "Eu costumava dizer que, por vezes, nos jogos do campeonato distrital, se não ouvirmos aquele “barulhinho até parece que já nem é a mesma coisa. Tem que haver nas bancadas um "burro" para dizer qualquer coisa, para animar. Quando isto não acontece nem parece que estamos num jogo de futebol. As bancadas também servem para descarregar as frustrações da semana e os momentos menos bons que as pessoas estejam a passar." Além de ter essa ideia dos adeptos, foi protagonista de diversos casos que ocuparam manchetes... mesmo sem ter como protagonistas os clubes mais mediáticos.

Assim, bastará lembrar a célebre partida entre o Boavista e o Gil Vicente, curiosamente num lance similar ao golo do empate de ontem do Arouca, mas que Oliveira resolveu decidir de modo diametralmente diverso. Tal levou a que o, então, presidente do Boavista, Vítor Murta, dissesse que "Decidiu hoje premiar-nos com este trabalho que realizou. Alguém que não pode ser árbitro no campo não pode também ser videoárbitro. Não estou a pôr o caráter e seriedade em causa. Foi claro que o golo anulado é um golo limpo. Quem faz o passe é o jogador do Gil Vicente, que isola o Musa e faz o golo. Fez com que o Boavista fosse prejudicado. O senhor Rui Oliveira não tem qualidade para ser videoárbitro. Repito, ponho apenas em causa a qualidade dele para ser videoárbitro, e não a tem".

Ontem, a observar a partida no D. Afonso Henriques, voltou a deixar a sua marca, em prejuízo do Vitória... assim continua a impunidade no futebol português!

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