Já aqui fomos falando neste assunto. Aludimos à coexistência no início dos anos 20 do século passado entre Vitória Sport Clube e Atlético Clube de Guimarães, que gerou diversas rivalidades entre os grupos vimaranenses constituídos.
Porém, a verdade é que o entusiasmo foi esmorecendo, levando a que fosse necessário tomar medidas de choque: unificar o Vitória e o Atlético num só clube que pudesse unir todos aqueles que perfilhavam a prática das actividades desportivas.
Esse, aliás, era um dos temas de uma das crónicas do jornal Ecos de Guimarães datado de 09 de Janeiro de 1926. Sob o título de "Unificação", ficávamos a saber que "não é a primeira vez que este assunto é abordado por quem superintende nos destinos dos dois Clubs." Aliás, tal como era reconhecido, logo após a criação do Atlético foi aventada a possibilidade dos dois emblemas se unirem, algo que não sucederia, ainda que fossem indicados representantes dos dois clubes para estudarem o processo.
Todavia, existiram diversos entraves a que o processo inicialmente avançasse. Desde logo, o facto de se achar que "...os dois clubs vivessem para, estimulando-se, o mesmo sport mais aproveitar-se." Aliás... "a rivalidade ou antes ao amor próprio de cada um, se deve o que até hoje se tem feito em Guimarães."
Todavia, essa corrente de pensamento haveria de mudar. Assim, "...a causa principal desapareceu e essa fusão torna-se absolutamente necessária, pois iremos reunir num só Club as formas que ora se encontram dispersas e que juntas maior valor virão a dar ao sport vimaranense."
Deste modo, "o Vitória com o seu campo e o Atlético com a sua cede, cederão lugar ao novo Club que se fundará." Para este, era sugerido o nome de Grupo Desportivo de Guimarães, já que nele "... ingressarão todos os desportistas da nossa terra, esquecendo, para bem da causa, quaisquer agravos que porventura tivesse havido."
O desporto vimaranense dava um passo imparável rumo ao que hoje é, e ao Vitória que conhecemos...