COMO INÁCIO COMEÇOU A RECONSTRUIR A EQUIPA ATRAVÉS DA CONTRATAÇÃO DE UM GUARDIÃO CHEIO DE CARISMA, QUE AINDA HOJE SENTE O VITÓRIA...

A temporada de 2000/01 fora um fracasso no que à escolha de jogadores se referia. Uma verdadeira desilusão que teve na ementa três treinadores, contratações e dispensas a meio da temporada e a salvação da queda no abismo da Liga 2 só a chegar na última jornada.

Por isso, urgia reconstruir o plantel a começar na baliza, onde a aposta em Cândido fora um verdadeiro fracasso. Apenas, jogou três vezes, sendo a baliza dividida na maioria das vezes entre o germânico Tomas Tomic e o português Vítor Nuno, sendo que nenhum dos dois conseguiu afirmar-se de modo indiscutível.

Por isso, urgia encontrar alguém indiscutível. Que fosse capaz de fazer esquecer Pedro Espinha que houvera sido o último grande guarda-redes dos Conquistadores. Assim, a escolha haveria de recair num guardião francês que houvera realizado cinco épocas de bom nível no Beira-Mar, chegando mesmo a entrar na eternidade por estar na baliza quando os aveirenses venceram a Taça de Portugal em 1999.

Falamos de Jerome Palatsi, que como o Mais Futebol de 29 de Junho de 2001 escreveu, "Os presidentes dos dois conjuntos já chegaram a acordo e a cláusula de rescisão de 75 mil contos será paga ao Beira Mar em várias tranches, situação admitida pelo líder minhoto Pimenta Machado, logo após a assembleia-geral da Liga."

Um valor que, desde as primeiras presenças na equipa principal vitoriana, seria tido como bem empregue, já que a meio desse exercício, em entrevista ao jornal Record de 18 de Março de 2002, o guardião haveria de confessar que "Fico satisfeito por ser muitas vezes considerado o melhor em campo, mas preferia que fosse um avançado porque era sinal que a equipa marcava golos. A minha missão é defender, mas se os meus companheiros não marcarem eu não posso fazer muito mais."

Porém, desde logo, ficaria fascinado pela força dos Conquistadores, como disse ao Mais Futebol, logo no início da sua aventura, a 20 de Setembro de 2001, quando disse "Não quero ferir ninguém, mas basta olhar para os adeptos, para as infra-estruturas. O V.Guimarães tem outro nome, outras condições. Em Faro tivemos cerca de 2500 adeptos a apoiar-nos. Em Aveiro isso seria impensável. Há maior poder financeiro."

Era uma história de amor que florescia e que, ainda hoje, apesar de ter abandonado o clube em 2005 ainda perdura... quantas vezes não nos confrontamos com o inesquecível guardião no nosso estádio a apoiar os jogadores vitorianos?

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