UM MAU PRENÚNCIO PARA O QUE AÍ VIRIA...

A temporada até prometia ser feliz...

Na verdade, o Vitória regressava às provas europeias cinco anos depois da derradeira participação, fizera regressar Jaime Pacheco, um treinador que até essa altura fora quase uma espécie de D. Sebastião em Guimarães e apostara em jogadores com créditos firmados como Sagannowski ou Benachour, aliado a jovens de quem muito se esperava como Sereno, Geromel ou até Svard.

Era um novo Vitória que surgia e que levava o treinador, esperançado no futuro, a dizer que "não se consegue tudo numa só época, embora se pudermos vencer o Campeonato e até conseguir o apuramento para a Liga dos Campeões tanto melhor. No Vitória tenho condições para repetir o que fiz noutro clube". Referia-se ao Boavista que fizera campeão nacional e que todos os vitorianos sonhavam que o feito fosse emulado na Cidade-Berço.

Por isso, naquele dia 21 de Agosto de 2005, um Domingo à noite, dia de arranque do campeonato, perante a virginal Naval 1º de Maio, que nunca tinha pisado os palcos da Primeira Liga, as palavras esperança e crença numa grande época eram recitadas à boca-cheia pelos adeptos dos Conquistadores. Porém, o balde água fria seria gélido em antítese com a quente noite de Agosto.

A alinhar com Nilson; Mário Sérgio Cléber, Dragóner, Rogério Matias; Flávio Meireles, Moreno, Neca, Clayton, Marek Saganowski e Manoel, os Conquistadores pareceram anunciar as agruras de uma época terrível que todos quererão esquecer.

Na verdade, a táctica gizada por Manuel Cajuda, o primeiro treinador a vencer o Vitória na época da descida, para no ano seguinte tornar-se num dos grandes heróis do regresso, resultou em pleno. O Vitória foi uma equipa sem ideias, só conseguindo criar problemas aos figueirenses nos primeiros quinze minutos da partida.

Depois, seria o marasmo, a incapacidade de criar oportunidades, a bola longe da baliza e a exposição à estratégia de uma "raposa" chamada Manuel Cajuda que apostou no erro vitoriano e num pragmastismo inatacável e que, por isso, graças aos golos de Bruno Fogaça e de Lito conseguiu vencer.

Na altura, tal foi minimizado por Pacheco, dizendo aos jornalistas que o Vitória não tinha merecido perder, mas o facto da equipa ter sido infeliz na finalização ditou o resultado. O pior ainda estava, infelizmente, para vir...

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