Aquela temporada de 2004/05 tivera o seu apogeu no dia 14 de Maio de 2005, quando os Conquistadores, com o seu Castelo pleno de entusiasmo, bateram o Boavista por duas bolas a zero, graças aos golos de Romeu e de Luís Mário. Com esse resultado, os comandados de Manuel Machado estavam apurados para as competições europeias e o derradeiro jogo da prova em Aveiro deveria ser uma grande festa.
Porém, além da festa, seria um jogo de emoções. Seria o jogo em que elementos que durante algum tempo fizeram parte da espinha dorsal do clube iriam dizer-lhe adeus num processo de renovação e de contenção financeira que, infelizmente, iria ter um triste epílogo com a descida de divisão no ano seguinte. Assim, nomes como Bessa, Paulo Turra, Zé Nando, Orahovac, Alexandre, Luís Mário, Alex, Marco Ferreira, Elpídio Silva e, principalmente, os emblemáticos Palatsi, Romeu e Djurdjevic iriam deixar os Conquistadores para prosseguirem as suas carreiras em outros emblemas, bem como treinador Manuel Machado.
Assim, para a história ficou aquela equipa que, em Aveiro, colocou-se a vencer por duas bolas a zero, graças aos derradeiros tentos de Romeu e de Elpídio Silva pelo clube, para permitir, de seguida, aos aveirenses igualar uma contenda em que as lágrimas do adeus se misturaram com as da alegria do Vitória regressar aos mais altos palcos do futebol do Velho Continente.
Citemos, este extracto, referente a Romeu que, em lágrimas, despediu-se do Vitória. Aliás, as lágrimas, também, materializadas por Djurdjevic que a bater no peito prometeu ser do clube para sempre: "Quatro anos depois de vestir pela primeira vez a camisola branca do Vitória, Romeu voltou a ser determinante. O avançado português que se despediu do seu clube do coração foi determinante ao inaugurar o marcador..."
O Vitória iria reformular-se com Vítor Magalhães, logo de seguida, a apresentar Jaime Pacheco como novo treinador e a encetar o processo de reconstrução do plantel. Não correria como o desejado, mas isso já será outra história...