No instantâneo do brasileiro Luiz Mário a comemorar com os adeptos, estava o regresso à Europa cinco anos depois...
Uma caminhada morosa e longa, entrecortada pela mudança presidencial que levou Vítor Magalhães a assumir a liderança do clube, depois de 24 anos de consulado de Pimenta Machado.
A época de 2004/05, essa não fora fácil, mas muitas deslocações foram apaixonantes, sinónimo do intenso amor dos adeptos pela equipa.
Este amor, imenso, incomensurável, teve o seu apogeu na penúltima jornada daquela época. Frente ao Boavista, rival de tantas batalhas, sempre no caminho do Vitória em muitos dos momentos mais importantes da sua história, o triunfo seria sinónimo de regresso europeu... cinco anos após a eliminatória frente ao Celtic Glasgow, em que Henrik Larsson desequilibrou os pratos do balanço!
Nesse 14 de Maio, o D. Afonso Henriques registou a sua maior enchente até à data. 29653 vitorianos entraram em campo, dispostos a levar a equipa ao colo rumo ao regresso europeu.
A festa, essa, começava cedo! Logo, aos 3 minutos, Romeu fazia a bola beijar as malhas de Ricardo! A festa desencadeava-se para ter o seu apogeu no minuto final da peleja, quando o brasileiro, Luiz Mário, isolado, não deslustrou o imenso talento que lhe era reconhecido.
O Vitória estava de regresso à Europa, empurrado pela sua maior fortuna: aqueles que jamais abandonarão as bancadas, na derrota ou na glória.