O HAKA VITORIANO

Em 2016, o mundo ficou seduzido por uma estranha forma de apoio.

No Campeonato Europeu de futebol, de extraordinária memória para os portugueses graças ao inesquecível golo de Éder, uma selecção de um pequeno país entrou no coração de todos os que amam o desporto-rei. Falamos da selecção islandesa, que chegou aos quartos de final da prova, e que conseguiu meter uma parte da população do país nos estádios gauleses. Depois dos êxitos desses "lutadores Vikings", os adeptos, em comunhão com a equipa, levavam um curioso festejo que ao mundo fascinou. Ficaria baptizado por Haka, em alusão aos sons tribais que a equipa neozelandesa de rugby produz na sua dança mahori antes do início das partidas, merecendo elogios pela sua "originalidade" em todo o globo.

Porém, esse globo e quem nem nele se dedica à investigação, olvidou de perscrutar este rectângulo à beira-mar plantado. Principalmente, na cidade onde o dito rectângulo foi fundado!

Estávamos quase no Natal de 2004. O Vitória, orientado por Manuel Machado, ainda não houvera arrepiado caminho numa temporada de mudança e em que se ambicionava com o regresso à Europa do futebol. Assim, o jogo em Penafiel era decisivo para esse sonho não morrer.

Num dia em que o Vitória alinhou com Palatsi; Bessa, Paulo Turra, Cléber, Medeiros, Zé Nando; Flávio Meireles, Luiz Mário, Alex; Romeu e Elpídio Silva, o bis de Romeu ainda na primeira parte e o tento de Luiz Mário ajudaram a selar um triunfo por três bolas a uma, num dia que serviu para estrear a, então, mais brilhante promessa do futebol jovem vitoriano: Tiago Targino.

Com uma exibição segura, os vitorianos deram asas à sua alegria, através de um original festejo...doze anos antes do mundo surpreender-se com os Vikings islandeses!

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