Aquela temporada de 2004/05 não estava a correr como o esperado...
Na verdade, no primeiro ano após a partida de Pimenta Machado, com Vítor Magalhães a comandar a equipa e Manuel Machado a orientá-la do banco, os Conquistadores tiveram dificuldades em acertar agulhar e entrar em velocidade de cruzeiro.
Com efeito, nos sete primeiros desafios da temporada, só haviam sido capazes de triunfar por duas vezes (em casa perante a Académica e o Gil Vicente), pelo que aquele jogo para a Taça de Portugal, perante o FC Porto, campeão europeu em exercício, ainda que já sem Mourinho, afigurava-se melindroso.
Porém, nesse dia 27 de Outubro de 2004, a alinhar com Palatsi; Bessa, Cléber, Dragoner, Rogério Matias; Flávio Meireles, Rui Ferreira, Bráulio Leal; Nuno Assis, Luís Mário e Romeu, o Vitória iria demonstrar a qualidade que possuía no plantel. Graças a um Nuno Assis absolutamente endiabrado, os Conquistadores haveriam de apontar dois golos na segunda metade, deixando os portista completamente sem reacção, de pouco lhes valendo o tento de Derlei a reduzir diferenças.
O Vitória eliminava o Porto e, como tantas vezes tem acontecido ao longo da história, o adversário iria encontrar uma justificação. Assim, um lance duro mas sem intencionalidade em que Flávio lesionou Costinha serviria quase para "condenar o jogador vitoriano a pena de prisão." Um lance semelhante a tantos e tantos que já ocorreram numa partida de futebol, mas que serviu para lançar uma nuvem de fumo sobre os méritos vitorianos.
Flávio, ainda recentemente, no podcast Dezanove 22, realizado pelo Vitória, haveria de falar do sucedido, reafirmando que mantém uma boa amizade com o antigo jogador azul e branco e mal o jogo findou correu para o hospital, para explicar-lhe o sucedido... serviria, contudo, para justificar a queda do conjunto azul e branco numa extraordinária noite de Nuno Assis, secundado por uma equipa rigorosa e letal, que demonstrava, pela primeira vez, as suas reais capacidades!