COMO UM SÍMBOLO SELOU UM PACTO ETERNO COM O CLUBE DO CORAÇÃO

Aquela temporada de 2004/05 era de profunda novidade nos Conquistadores.

Um novo presidente, depois de 24 anos de liderança de Pimenta Machado, um novo treinador, que houvera dado nas vistas em Moreira de Cónegos, e uma nova equipa, com um rejuvenescimento evidente, ainda que continuasse a contar com nomes como Palatsi, Cléber, Djurdjevic ou Romeu.

Entre as novidades, um miúdo que, para aí chegar, tivera de escalar montanhas… pelo seu próprio pé, quando muitos não acreditavam nele, quando o tinham dispensado para o Macedo de Cavaleiros, Felgueiras ou Taipas.

Porém, era um Vitória diferente que surgia! Com Manuel Machado ao leme que o conhecia bem e que queria impor a sua filosofia no clube.

Assim, disse logo, poder estar ali um sucessor à altura de Fernando Meira no papel de libero da equipa. A espécie de um comandante dentro de campo, que vendo os companheiros de frente, pode querer comandar o jogo dali.

Assim, naquele dia 29 de Agosto de 2004, Moreno selou um pacto com o Vitória, ao estrear-se pela equipa principal. Em Moreira de Cónegos, frente ao Moreirense que, na temporada antecedente, fora comandado pelo homem que em si apostara, actuou pela primeira das duzentas e dezassete vezes que jogou pelo Clube do Rei. Uma espécie de pacto de sangue que jamais quebrou e fê-lo tornar-se importante na equipa logo nessa época, a ponto de, juntamente, com Tiago Targino, ter sido cobiçado pelo Sporting e serem os dois considerados as jóias da coroa do clube. Por razões diversas, nenhum deles partiria nesse momento.

A partir daí, tornaria a camisola do Rei uma espécie de segunda pele... a certeza que, após a estreia, os caminhos estavam indelevelmente unidos e presos um ao outro.

Acabaria por abandonar o clube posteriormente, para regressar em 2013/14 até ao início da presente época, quando já era treinador da equipa principal. Há ligações que jamais esmorecem... mesmo, como agora, vividas à distância!


 

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