COMO NUM CAMPEONATO PARA ESQUECER COM UMA TERRÍVEL SÉRIE, O SEGUNDO TRIUNFO CHEGOU NO FIM DA PROVA COM UM IMPORTANTE EFEITO!

Aquele campeonato de 1943/44 fora terrível...

Com efeito, depois dos Conquistadores terem vencido o Distrital seguiu-se outra aventura no Nacional maior, que até começou de modo promissor.

Na verdade, com dois jogos no Benlhevai, a equipa de Alberto Augusto parecia prometer ao vencer a Olhanense por duas bolas a uma e ao empatar a dois com o FC Porto. Três pontos em dois jogos, com o avançado Miguel a destacar-se ao marcar nos dois jogos.

O pior viria, contudo, depois. Nas quinze partidas seguintes, a equipa faria menos pontos do que fizera nas duas primeiras. Com efeito, se no final da segunda etapa das dezoito etapas da prova o Vitória tinha três pontos, na décima sexta tinha apenas cinco, por ter empatado no Salgueiros (no único ponto conquistado fora de portas nesse exercício) e em casa contra o Benfica, demonstrando uma equipa com propensão para resultados aceitáveis contra os adversários mais difíceis.

Até que chegamos aquele dia 19 de Março de 1944, numa partida frente ao Salgueiros que, em caso de derrota, poderia significar o derradeiro lugar na prova e consequentemente a impossibilidade de participar no campeonato seguinte. Porém, felizmente, nessa tarde tudo seria diverso!

A alinhar com Machado; Lino, João; Castelo, Arlindo, José Maria; Laureta, Dias, Miguel, Ferraz e Alexandre, como escreveu o Notícias de Guimarães de 26 de Março de 1944, "o Vitória entrou a dar a impressão que iria obter um resultado volumoso..." A confirmar isso, a confissão que "o Vitória fez uma primeira parte melhor do que a segunda e para tal contribuiu a fadiga dos jogadores, muito agravada pelo calor que fez." Assim, não foi de surpreender que na primeira metade, os vitorianos se colocassem em vantagem, graças a um bis de Alexandre, que o golo adversário na segunda metade foi incapaz de contrariar.

O Vitória vencia, garantia que fugia ao último e temido posto, concluindo-se que "chegados ao fim desta importante prova, na qual, deve dizer-se, o Vitória não foi feliz, mercê sobretudo de precipitadas e nada justas decisões, os vimaranenses terão de contentar-se com o oitavo lugar, antepenúltimo da classificação." Apesar de tal parecer banal, era "de transcendente interesse para a província minhota, porque terá assim o seu lugar assegurado, na futura época, na maior prova desportiva do país." Acima de tudo, "Pelo Vitória ou por qualquer outro grupo da região, certo é que o Minho marcará a sua presença mais uma vez na grande pugna que tanto apaixona e interessa as multidões."

Depois de quase quatro meses sem ganhar, os sorrisos voltavam ao Vitória...

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