IV - ARTUR DA ROCHA

Artur será um daqueles casos que a camisola vitoriana confundir-se-á com a sua própria pele.

Vimaranense e vitoriano de gema seria em 1960 que entrou nos juvenis do clube, para cumprir um périplo que o levou à equipa sénior em 1963/64. O sonho de todos os meninos vitorianos pôde ser corporizado pelo jovem que o treinador Jean Luciano apostou como defesa central mas que, a dada altura da sua carreira, subiu para médio defensivo.

Seria nessa posição que se afirmaria de modo indiscutível, vivendo, provavelmente, o seu momento mais alto no clube. Com efeito, foi dele o golo que naquele dia 02 de Outubro de 1969 garantiu um saboroso empate em Ostrava, casa do Banik, e a passagem dos Conquistadores à segunda eliminatória da Taça das Cidades Com Feira, onde haveriam de soçobrar às mãos dos ingleses do Southampton.

Continuaria no Vitória até à temporada de 1976/77, ainda que, paulatinamente, fosse perdendo influência. Todavia, pela sua mística e pela sua forte presença no balneário era tido como homem chave nos planteis formados por Mário Wilson e por Fernando Caiado, os treinadores desse tempo.

No referido ano depois de não ter sido utilizado em qualquer partida abandonaria os Conquistadores, merecendo, ainda, uma festa de homenagem, organizada pela Comissão de Fundos Para Um Vitória Maior, em que o clube do Rei defrontou o FC Porto.

Foram 202 partidas de Rei ao peito e a certeza de um amor que durará para a vida toda...

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