COMO O HÓQUEI EM PATINS FEZ HISTÓRIA, BATENDO O ETERNO RIVAL E ALCANÇANDO A HEGEMONIA NA MODALIDADE...

Estávamos na década de 50 do século passado.

O Vitória ia-se afirmando no panorama desportivo nacional e não só no futebol. Na verdade, por estes dias, o hóquei em patins ocupava um lugar especial no coração dos vitorianos, servindo o rink da Amorosa, entretanto inaugurado, como um verdadeiro "caldeirão de emoções e de paixões."

Porém, demorariam, ainda, alguns anos aos Conquistadores a assumirem a hegemonia na modalidade. Tal sucedeu, apenas, em 1955, quando a equipa vitoriana triunfou na poule de apuramento da Taça do Minho pela primeira vez, batendo o SC Braga por três bolas a zero. Findava, assim, o predomínio do eterno rival na modalidade.

Para o Notícias de Guimarães de 10 de Abril de 1955, o apuramento para a Taça de Honra do Minho com o referido triunfo, houvera findado de modo superlativo. Na verdade, "a equipa demonstra, como já tínhamos assinado, um determinado sistema de jogo - o método italiano- (...) Temos, assim, uma equipa que louros valorosos vai conquistar para o Vitória." A destacar-se, um homem que não era natural de Guimarães, que era conhecido pelo seu irascível feitio, mas com a sua genialidade catapultaria a equipa para patamares superiores.

Tal seria confirmado posteriormente na final da prova quando em Famalicão, a equipa vitoriana voltou a bater os arsenalistas por oito a cinco, numa contenda emocionante que precisou de prolongamento, pois no final do tempo regulamentar estava empatada a três. Depois disso, segundo o jornal Primeiro de Janeiro de 08 de Junho de 1955, "efectuou-se, depois, um prolongamento de 20 ms, dividido em duas partes de dez cada. (...) Na parte final do prolongamento, os bracarenses colocaram-se em vantagem no marcador, mas, daqui até ao final, o Vitória de Guimarães tomou o comando da partida e acabou por marcar quatro golos, que fixaram o resultado final em 8-5 a seu favor."

O Vitória era a referência minhota na modalidade e bastará citar António Magalhães, atleta da equipa, e que futuramente haveria de escrever os Ficheiros Desportivos, uma extraordinária obra de exaltação vitoriana: "No regresso, uma caravana imensa acompanhou a equipa do Vitória e, já perdi de Guimarães, obrigou os atletas a subir para uma camioneta de caixa aberta e aos "vivas" e toque ensurdecedor das buzinas, chegou-se à cidade, para uma volta de honra, no Largo do Toural, às tantas da madrugada!”

Uma página de ouro na história do clube acabara de ser escrita...

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