COMO O AMULETO ALEXANDRO FEZ MEIA TEMPORADA DE SONHO PARA AJUDAR À SALVAÇÃO...

Naquela temporada de 1992/93 pouco ou nada correu bem ao Vitória.

A aposta em Marinho Peres revelou-se infeliz, abandonando o clube no final da primeira volta com este numa situação classificativa difícil. Para o seu lugar foi escolhido Bernardino Pedroto, que já fazia parte da estrutura. Contudo, além disso, foram recrutados jogadores que se previa que pudessem ajudar a equipa a escalar lugares na tabela como o defesa Paulo Pereira, cedido a título de empréstimo pelo FC Porto, e um avançado brasileiro contratado à União Bandeirante: Alexandro Beretta.

Apesar de pouco conhecido, terá vivido a sua temporada de sonho naquele período que mediou a sua estreia frente ao Beira Mar no início da segunda volta e o final desse campeonato.

Assim, o jogador seria utilizado em 16 jogos (entre campeonato e Taça de Portugal) tendo apontado 7 golos, determinantes na salvação da equipa e na sua chegada às meias finais da Taça de Portugal, onde caiu de modo inglório nos últimos minutos frente ao Benfica, depois de ter estado a vencer durante grande parte do jogo.

Assim, Alexandro estreou-se a marcar no empate a 2 frente ao Marítimo, dois jogos após a sua estreia. De seguida, bisaria, na Amadora, nos quartos de final da Taça de Portugal, garantindo a passagem da equipa às meias finais da competição. Marcaria um dos golos do triunfo por duas bolas a uma sobre o Belenenses. Apontaria de modo consecutivos o tento do triunfo caseiro perante o Famalicão e o decisivo em Braga no derby minhoto. Por fim, marcaria o primeiro dos três tentos com que os Conquistadores bateram o Boavista por três bolas a duas, naquele que seria o seu derradeiro tento nesse período. Uma média extraordinária, sendo certo que sempre que facturou o Vitória venceu, tornando-se numa espécie de amuleto na fuga aos pesadelos dos lugares derradeiros da tabela.

Assim, na temporada seguinte era olhado como uma das grandes esperanças vitorianas, ainda para mais com um treinador de forte pendor ofensivo como Quinito. Puro engano... em 26 jogos só apontaria um golo, selando a sua futura partida do Vitória rumo a Felgueiras.

Mas, naquela metade da época, o desconhecido avançado foi determinante no respirar fundo dos adeptos... sendo que, para mais, sempre que marcou o Vitória não perdeu. Um verdadeiro amuleto!

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