segunda-feira, 7 de outubro de 2024

COMO UM FESTIVAL DE FUTEBOL OFENSIVO ANIQUILOU O ETERNO RIVAL...

Aquele Vitória, versão 1986/87, jogava muito...

Na verdade, a equipa que Marinho Peres construíra era um verdadeiro tratado de futebol ofensivo, baseado nos preceitos do "futebol total" tão ao gosto do que o técnico brasileiro houvera absorvido do neerlandês Rinus Michels, seu treinador no Barcelona.

Por isso, naquela temporada existiram inúmeros momentos inesquecíveis. Momentos em que a equipa vitoriana encantou, em que fez todos os adeptos acreditarem ser possível uma inédita e única conquista.... atingir o apogeu!

Um desses momentos sucedeu frente ao eterno rival no início do ano de 1987, em partida a contar para a primeira jornada da segunda volta do campeonato nacional. O Vitória houvera virado o campeonato no terceiro posto, com 24 pontos, a um ponto do duo de líderes composto pelo Benfica e pelo FC Porto e, acima de tudo, a deixar legítimas esperanças para um futuro brilhante.

Assim, naquele dia 03 de Janeiro, Marinho Peres a todos surpreendeu ao utilizar, apenas, três defesas. Assim, entrou em campo com Jesus; Costeado, Tozé, Nené; Nascimento; N'Dinga, Adão, Roldão; Ademir, Cascavel e N'Kama. A aposta teria total êxito e o Vitória realizou uma primeira parte demolidora. Cascavel, logo, aos cinco minutos, Ademir aos 10 e, novamente, Cascavel aos 23 selaram o triunfo de uma forma irresistível, imparável, digna de uma superioridade avassaladora...

Como reconhecia o Notícias de Guimarães de 09 de Janeiro desse ano, "a disposição francamente de ataque da equipa de Guimarães ao substituir um defesa por um atacante, logo de entrada, deu cabo de todas as veleidades bracarenses." Assim, "muito cedo, o Vitória começou a marcar, com tanta facilidade, que o jogo praticamente ficou liquidado, mesmo antes da marcação do terceiro golo."

A partir daí, o Vitória "actuou em ar de treino, totalmente descontraído, deixando que o Braga arrebitasse as orelhas, mas sem o deixar passar disso." Nesse domínio consentido, ainda haveria tempo para um quarto golo apontado, novamente, por Cascavel que apontaria o seu terceiro tento na partida.

O Vitória dava cartas e deixava água na boca para o que aí viria...

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