O ÚLTIMO JOGO DE MARINHO...

Como já escrevemos, o regresso de Marinho Peres na temporada de 1992/93 ao Vitória, desencadeou sonhos flamejantes de se cumprir o que na época de 1986/87 falhara por pouco. Leia-se o título nacional!

Era tarefa difícil, mas o treinador brasileiro parecia ser o Midas capaz de transformar onde tocasse em ouro, num sinal claro de que as suas capacidades haviam deixado saudades.

Porém, nesta segunda passagem, praticamente, nada correria bem. A ponto de quem outrora fora ídolo, ter-se tornado contestado e merecedor de críticas. Tal deveu-se a derrotas pesadas como as sofridas nas casas do Marítimo e do Belenenses (3-0), em Alvalade (4-1), ou até no Castelo vitoriano frente ao Salgueiros.

E, assim, entramos em 1993. Com Marinho pressionado, ainda que a vitória no Bessa, em noite de intenso temporal, tenha servido de bálsamo para tantas agruras. Esperava-se, por isso, que o jogo contra o Gil Vicente, orientado por Vítor Oliveira, servisse para encetar um caminho de sucesso...aquele sucesso da temporada que todos lembravam e que nesta tardava em aparecer.

Naquele Domingo à tarde, ainda não sabia, mas seria a última vez que Marinho Peres orientou uma equipa do clube do Rei. Equipa, essa, constituída por Jesus; Quim Machado, Paulo Pereira, Tanta, Germano, Dimas; Paulo Bento, N'Dinga, Basaúla, Pedro Barbosa; Ziad e em que o Vitória até entrou bem no jogo. Porém, o entusiasmo esvair-se-ia como um balão, muito, também, pelos golos de Cacioli e de Drulovic que fizeram a incredulidade tomar conta dos vitorianos.

O Vitória, num assomo de atitude, ainda haveria de reduzir por Lima, mas já era tarde para mais. Somava mais uma derrota e Marinho Peres, desiludido com o rumo da temporada, colocava o seu lugar à disposição. Tal seria aceite o treinador da melhor equipa da história partiria sem honra nem glória seis anos depois... Foram, apenas, 23 desafios e 9 triunfos numa passagem muito mais fugaz do que se esperava e que se desejava!

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