Estávamos no início da temporada de 1983/84...
Manuel José, depois de conseguir "matar o borrego" do apuramento europeu, algo que não sucedia no Vitória desde 1969/70, rumou a Portimão para orientar o clube algarvio. Para o seu lugar foi escolhido o austríaco Hermann Stessl que, em Portugal, já tinha trabalhado no Porto e no Boavista.
Assim, chegamos ao dia 28 de Agosto de 1983, que era sinónimo da jornada inaugural do campeonato, e a um dos momentos em que os vitorianos mais foram surpreendidos antes de uma partida de futebol. Na verdade, o capitão de equipa Abreu, que houvera ascendido ao plantel sénior em 1972/73 e, que para essa partida inaugural do campeonato frente ao Varzim estava escalado para o banco de suplentes, houvera abandonado o balneário e rumado à bancada central do estádio, deixando a equipa com menos um jogador.
Assim, com o conjunto Conquistador, apenas, a apresentar na ficha de jogo quatro suplentes, o Vitória entrou em campo com Silvino; Gregório Freixo, Amândio, Murça, Laureta; Nivaldo, Barrrinha; Fonseca, Éldon, Júlio e Flávio. Pelas razões acima aduzida, considerada o Notícias de Guimarães de 02 de Setembro de 1983, que "começou mal para o Vitória (...), apesar do êxito obtido sobre o Varzim, por duas bolas a zero", graças aos golos de Amândio e Elton.
Na verdade, no estádio apesar do tranquilo triunfo que fez com que se considerasse que "tudo decorreu mais ou menos dentro do previsto e do valor demonstrado pelas equipas durante os jogos de preparação."
Assim, o Notícias de Guimarães considerava como infeliz o início de temporada vitoriano, ainda que "felizmente que todos os outros atletas vitorianos, cientes das suas responsabilidades, apesar do gravíssimo incidente, cumpriram rigorosamente o seu dever e puderam vencer o encontro."
Quanto ao caso Abreu, esse haveria de dar origem a um processo disciplinar que terminaria com a sua partida do clube... tinham sido 288 jogos de Rei ao peito!