A ideia de as camisolas dos clubes de futebol contarem com patrocínios começou a ser tida em conta no início da década de 80 do século passado. Até las, as camisolas não ostentavam qualquer alusão publicitária, até pelo facto do futebol ainda não ter chegado a elementos de difusão como a televisão.
O Vitória não foi alheio a esta realidade, começando a usar os patrocínios na parte frontal da camisola na temporada de 1983/84, coincidentemente ou não o ano do regresso às provas europeias treze anos depois da derradeira participação.
Assim, a GORI, uma empresa têxtil, seria a primeira patrocinadora da camisola vitoriana, tornando-se numa realidade que, como veremos não foi ininterrupta, existindo anos em que na camisola dos Conquistadores nada constou.
Assim:
1983/84 - GORI (empresa têxtil);
1984/85 - A-SIC (transitários);
1987/88 - Atum General (conservas);
1988/89 a 1990/91- Tensai (electrodomésticos);
1994/95 - Bonança (Companhia de Seguros);
1996/97 - Bayer (Aspirina nos jogos europeus) (produtos químicos):
1997/98 a 1999/2000 - Milraz (produto químico);
2000/01 - Maxitel (comunicações móveis);
2001/02 - Vitoriasc.pt (sítio oficial do clube);
2003/04 - Guimarães - Património Mundial;
2004/05 - Tiffosi - Denim (Marca de Vestuário);
2005/06 - Rádio Popular (Electrodomésticos);
2006/07 – Acreditar (Solidariedade Social);
2007/08 - Açoreana (Companhia de Seguros);
2008/09 a 2010/11 - Finibanco (Instituição Bancária):
2011/12 a 2012/13 - Smile Up (Clínicas Dentárias);
2013/14 - BK (?);
2014/15 a 2015/16 - Banco BIC (Instituição Bancária);
2016/17 - Patrocínio de diversas entidades, negociado jogo a jogo;
2017/18 - Negociado jogo a jogo nas provas nacionais e Simples Energia nas europeias;
2018/19 - Castro Electrónica (Materiais Electrónicos);
2019/20 - Benecar (Comércio Automóvel);
2021/22 até hoje - Placard (Apostas Desportivas).
Assim, falamos da aposição de 20 marcas na parte frontal na camisola vitoriana desde que esta prática se tornou corrente.
Algumas marcas com reconhecimento internacional como a Bayer, outras de dimensão nacional como os bancos, as companhias de seguros. Outras, ainda, que ficaram enterradas no baú das recordações como a GORI, a A-SIC ou a BK cujo escopo e objecto social tivemos dificuldades em determinar.
Além disso, destaque para durante dois anos, a camisola do Vitória ter sido negociada jogo a jogo, numa medida que os responsáveis do clube, à altura, consideravam ser a mais rentável economicamente.
A verdade é que falando de um clube com projecção nacional e com várias participações nas competições europeias, o grau de atractividade vitoriano poderia ser substancialmente maior... mas isso serão contas de outro rosário!