COMO AGOSTINHO PINTOU A MANTA PERANTE 120 MIL ADEPTOS, CHAMANDO TODAS AS ATENÇÕES PARA SI...

Aquele final de temporada de 1993/94 fora uma desilusão...

Verdadeiramente penoso, com o Vitória, treinado por Bernardino Pedroto a, apenas, triunfar numa partida nas dez últimas, levando ao malogro da desejada qualificação europeia.

Porém, nesse caminho cheio de tropeções, mereceu destaque o empate no Estádio da Luz, frente ao Benfica que, nesse dia, 29 de Maio de 1994, festejava o título nacional, garantido com um dos resultados mais históricos do futebol português: os seis a três de Alvalade.

Todavia, nessa quente tarde, perante 120 mil adeptos, com o Vitória a alinhar com Brassard; Basílio, Samuel, Matias, Tanta, Dimas; Paulo Bento, N'Dinga, Pedro Barbosa; Dane e Agostinho, os reflectores não haveriam de incidir sobre os jogadores que se sagravam campeões nacionais.

Na verdade, seria a tarde de um jovem de 18 anos que, nesse ano, aparecera com grande fulgor e estrondo nos Conquistadores. Agostinho, a jogar solto na frente de ataque, como um vagabundo, faria gato-sapato do último reduto encarnado. Remataria, cabecearia e apresentaria uma miríade de argumentos técnicos que colocou a cabeça à roda dos adversários.

No final da partida, que findou igualada a zero, não obstante as oportunidades desperdiçadas por ambos os lados, mais do que o realce para a festa de um título já garantindo, todos perguntavam quem era aquele "miúdo" que jogara como se estivesse no seu quintal, deixando de pantanas a defesa contrária.

Agostinho era o seu nome e esperava-se que fosse a próxima mina de ouro vitoriana. Assim não seria, mas isso já é outra história!

Postagem Anterior Próxima Postagem