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Por larguíssima margem para o segundo posicionado, o croata Toni Borevkovic, Jota Silva foi o melhor jogador da equipa vitoriana no ano que findou.
Apesar de ter abandonado os Conquistadores no final de Julho, rumo ao sonho inglês da Premier League, o jogador viveu momentos de Rei ao peito que jamais esquecerá.
Verdadeiro ídolo de miúdos e graúdos, Jota assumiu o papel mais relevante no ataque vitoriano, tornando-se peça principal nos esquemas apresentados, marcando golos, realizando assistências... mas, acima de tudo, nunca dando um lance por perdido, dando sempre mais uma gota de suor em prol do clube do Rei, arriscando mais um sprint mesmo quando as forças pareciam faltar.
Com tantos predicados, não surpreendeu que em Março passado, Roberto Martinez não hesitasse em fazê-lo internacional perante a Suécia. Na casa do Rei, que também era a casa do jogador, perante um público em delírio, o jogador que calcorreou todos os escalões competitivos do futebol português, inclusivamente os distritais, entrou no restrito galarim daqueles que sentiram as Quinas aconchegadas ao peito.
Com tantos bons momentos, não surpreendeu que muitos emblemas se interessassem por si. Acabaria transferido para o Nottingham Forest, onde já se vai afirmando, sem, contudo, esquecer o Vitória. Bastará relembrar o seu regresso ao D. Afonso Henriques onde foi acolhido de modo entusiástico ou as constantes publicações a apoiar os Conquistadores, bem como a interagir com os seus antigos colegas. No fundo, Jota saiu do Vitória, mas o Vitória não saiu dele... e até por isso, tornou-se num Conquistador de pleno direito.