O QUE EU ANDEI PARA CHEGAR AQUI - VII PEDRO HENRIQUE

A sua contratação no início da temporada de 2015/16 soou a surpresa. Com efeito, nunca o nome do central esquerdino brasileiro Pedro Henrique aparecera nos escaparates dos jornais ou sequer foi dado como hipótese.

Aliás, a sua contratação ao Goiás foi anunciada como tendo sido um duelo com o eterno rival, SC Braga, que o Vitória foi capaz de se superiorizar, trazendo para Guimarães um jovem jogador que iria começar a sua aventura europeia pela equipa B vitoriana.

Assim, seria já depois de Sérgio Conceição ter substituído Armando Evangelista ao leme da equipa que iria realizar o primeiro dos 156 jogos que disputou de Rei ao peito. Sucedeu numa partida da Taça da Liga frente ao Rio Ave, ainda que para o campeonato tivesse de esperar um pouco mais. Só no inesquecível por más razões jogo frente ao Benfica, devido à discussão do treinador vitoriano com o juiz Carlos Xistra, é que se estreou no campeonato nacional, fazendo dupla de centrais com Josué.

A partir daí, o lugar seria dele. Forte no jogo aéreo, com boa capacidade de antecipação, ainda que lento, tornou-se peça inamovível nos diversos onzes vitorianos, chegando mesmo a capitão de equipa após a partida de Josué no final da época de 2016/17.

Assim, continuaria sendo peça determinante nos anos seguintes, até à época de 2019/20. Seria, provavelmente, a mais difícil de Rei ao peito, chegando mesmo a perder a braçadeira de líder da equipa, por, segundo o treinador Ivo Vieira, não ter tido um comportamento adequado na partida contra o Moreirense.

A partir daí sentiria dificuldade que, aliadas à profunda remodelação que o plantel sofreu no ano subsequente, essa fosse a última temporada de Rei ao peito.

Seria cedido a título de empréstimo ao Al-Wehda e, posteriormente ao Atlético Goianiense. Até que o Vitória decidiria vendê-lo definitivamente. O destino seria Singapura e os Lion City Sailors por cerca de 1,3 milhões de euros.

Depois de uma época, regressaria ao seu país para voltar a jogar no Atlético Goianiense, onde é titular indiscutível no emblema da Série B do Brasileirão. Ficará, contudo, na memória como o capitão de equipa do Vitória na altura do covid, provavelmente, uma das mais difíceis da história do clube...

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