Terão sido os homens que mais ficaram na memória dos vitorianos enquanto responsáveis pela saúde dos ídolos que actuavam de Rei ao peito.
Uma tríade que se formou no início da década de 80 e que se manteve junta por muitos anos. Falamos do médico Novais de Carvalho, do enfermeiro-chefe Armando Salgado e do massagista Fernando Van Doellinger.
O primeiro a entrar no clube seria Salgado, ainda nos anos 70, tendo como "função acompanhar a equipa nas várias deslocações pela especialidade da sua função", como era descrito no jornal do Vitória de 13 de Março de 1987. Von Doellinger entraria depois, "desde 1980, na altura em que o Dr. Pimenta Machado assumiu os destinos do clube." Antes disso, trabalhara em clubes como o Fafe na sua terra natal, Paços de Ferreira, Lixa e Paredes, tendo começado a sua tarefa no Vitória ao lado de outro nome inesquecível na medicina desportiva vitoriana, o dr. Alberto Oliveira.
Quanto ao Dr. Novais de Carvalho, como o próprio contou ao site revdesportiva.pt, em Maio de 2024, "iniciei a minha atividade na Medicina Desportiva no Vitória Sport Clube – Guimarães, onde ingressei para trabalhar com o futebol juvenil: escalões dos infantis, iniciados, juvenis e juniores. Em 1982 iniciei a colaboração como médico da equipa de futebol sénior, continuando com as equipas do futebol juvenil. Em 1983 assumi a responsabilidade da equipa sénior de futebol e durante os quatro anos seguintes fui o único médico residente do clube. De 1988 até 2000 passei a trabalhar apenas com a equipa sénior, mas apoiava também todas as atividades amadoras do clube (voleibol, andebol. atletismo, ciclismo, ténis de mesa, judo, karaté), pelo que assumi a função de diretor clínico do departamento médico..."
Para além do tratamento físico dos jogadores, como contava o líder da tríade, "o departamento presta apoio à equipa e à família do atleta para que ele se sinta o melhor possível." Assim, ajudavam a que casos melindrosos fossem debelados como o de "Adão que foi recrutado ao Varzim e que por uma pubalgia só na competi~ão quase ao meio da época transacta (...) A pubalgia foi curada sem recurso à intervenção cirúrgica, medida só utilizada em casos extremos." Porém, se esse caso requereu todo o conhecimento científico dos clínicos vitorianos, "os casos mais graves (até aquela data) sem dúvida o do Gregório Freixo, Nivaldo, Basílio e Vítor Pontes."
Todavia, olhavam para o futuro, pois "estamos a prever também a instalação de uma piscina com hidromassagem e com duche escocês." Era o Vitória a tentar crescer em outras áreas, para além da desportiva, de modo a equiparar-se aos mais titulados emblemas nacionais.
