COMO, HOJE, SE COMPROVOU QUE CASTILLO TERÁ SIDO DAS POUCAS DECISÕES ACERTADAS DA PRESENTE ÉPOCA...

Numa equipa que não sabe defender colectivamente...

Que dos defesas centrais que tinha na temporada passada (vá lá que António Miguel Cardoso, na assembleia-geral da passada Sexta-feira, deixou cair a narrativa dos vaidosos, trocando-a por um conveniente, mas risível, naquele momento, se eles não saíssem era a existência do clube que estava em causa) só sobrou Rivas, que, por esta altura do ano passado, ainda nem sequer se tinha estreado na equipa principal...

Que contratou para essa posição um atleta que o Rio Ave emprestou ao clube que se classificou no décimo lugar do campeonato da Polónia, onde não era titular. Outro, foi contratado por empréstimo para, depois de ter actuado durante quatro minutos ter-se percebido que não tinha qualidade para jogar no Vitória e ter-se contratado um agente para o colocar em outro clube, sendo que os Conquistadores pagam-lhe parte do ordenado. E o terceiro era o "pilar" defensivo da equipa que se classificou no último lugar da liga do pretérito ano e só não sendo a defesa mais batida porque o AVS sofreu mais um golo. E que, assim sendo, falece sem hipótese de reanimação a teoria propalada pelo presidente vitoriano na última reunião magna da taxa de alto acerto nas contratações que realiza...

Que, além disso, o Vitória tem uma transição defensiva rudimentar e arcaica, com os jogadores a não respeitarem posicionamentos, abrindo brechas atrás de brechas no último reduto da defesa.

O colombiano Juan Castillo tem sido uma das poucas realidades positivas da época, levando-nos a dizer que, felizmente, nele acertaram. Proveniente de outro continente, de um campeonato completamente diferente, nem começou o campeonato a titular. Humildemente, reconheceu que, atendendo às necessidades de adaptação, não o surpreenderia ser o terceiro, ou quanto muito, o segundo guarda-redes da equipa.

Assim seria, durante algum tempo na sombra de Charles..Porém, depois de agarrar a titularidade na Amadora, nunca mais a largou. Frio e seguro, faz o difícil parecer fácil, graças às suas boas mãos. Elástico, consegue voar entre os postes, mas não possui qualquer problema em ir ao chão e blocar a bola. Mais do que isso, não tem medo em sair dos postes para recolher cruzamentos.

Hoje, em Famalicão, terá sido a única realidade positiva de um cenário demasiado negativo. Terá sido ele a permitir que durante a primeira metade existisse a esperança de um resultado positivo. Para existir uma grande equipa terá de existir um bom guarda-redes... mas, contudo, como sobreviverá um bom guardião a uma equipa com tantas debilidades?

 

 


 

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