Lembrar Sebastião da Silva será aludir ao guardião que o Vitória contratou para tentar o regresso à Primeira Divisão naquela época de 19578/58 e que haveria de continuar nos Conquistadores no ano subsequente, ajudando a equipa consolidar-se no campeonato principal português.
Acrescente-se, ainda, que a sua chegada a Guimarães foi uma grande contratação para a altura, ainda, para mais em tempos e num futebol em que as transferências não tinham a frequência que hoje têm, sendo que a "prata da casa" era a base de recrutamento primordial nos clubes.
Mais do que isso, o Vitória passava a contar com um guarda-redes internacional, já que a 14 de Dezembro de 1952, ainda como jogador do Estoril, convocado pelo seleccionador Cândido Oliveira, representou as Quinas num desafio particular frente à Argentina, perdido por três bolas a uma e onde actuou na segunda metade da contenda.
Depois desse momento de apogeu, ainda chegaria ao Benfica, onde seria suplente de José Bastos, mas ainda assim realizado cinco desafios, para regressar ao clube que o formara, antes de realizar uma temporada no Atlético. Depois, viria o Vitória, um desafio que abraçaria de braços abertos. Mais do que isso, tornar-se-ia decisivo, dando segurança e estabilidade à equipa.
Seriam duas temporadas, 52 desafios e, acima de tudo, aquela temporada finda em apogeu após os jogos de promoção contra o Salgueiros... Depois, veterano, abandonaria o clube, que apostava na ascensão do jovem Dionísio, para em 1961, voltar a defender as redes de um clube vimaranense. Depois do Vitória, Sebastião, já com 38 anos, seria o guardião do Campelos que, na altura, militava nos escalões inferiores. Fundado oito anos antes, o clube terá tido o jogador mais reconhecido da primeira fase da sua história, já que entre 1968 e 1975, como consequência da crise no têxtil e consequente emigração, teve a sua actividade suspensa.
Da glória das quinas até ao simpático emblema vimaranense... uma história demonstrativa de como funcionava o futebol daqueles tempos!
