I - Não é que seja caso para se activarem as sirenes de alarme, mas a equipa B vitoriana averbou a quinta jornada consecutiva sem triunfar na Liga 3.
Pior do que isso, a um jogo de terminar a primeira volta desta fase, a jovem equipa de Gil Lameiras, apenas, triunfou por uma vez, demonstrando as virtudes e os defeitos de sempre: segura e organizada a defender mas sem poder de fogo para agredir o adversário que tem pela frente.
II - Porém, teremos de o dizer. Seja pelo maior conhecimento que os adversários compostos por jogadores batidos e com muitos quilómetros nas pernas em contraponto com a puerilidade dos componentes da equipa vitoriana, seja por algum desgaste que se vai acumulando, seja pela falta de Miguel Nogueira, o elemento que mais desequilibrou nos jogos em que actuou e que justificaram a sua promoção à equipa A, a verdade é que a produção vitoriana tem vindo a decair jogo após jogo.
III - Hoje, em Fafe, todos os factores mencionados estiveram presentes. O Vitória terá feito uma das piores partidas desde o seu regresso a este campeonato, só comparável ao desafio que realizou em Paredes. Só que se aí a grande exibição de Gui e o génio irreverente de Rodrigo Duarte permitiram resgatar um ponto, hoje nem um lampejo de desequilíbrio se anteviu.
IV - A primeira parte seria um imenso bocejo de parte a parte. Sem jogadas emocionantes, sem oportunidades, sem sequer um vislumbre de agressividade de parte a parte. As equipas temiam-se e quanto a criatividade nem vê-la. Antes de marcar, importava não sofrer....
V - Assim, decorreria a primeira metade e a segunda pareceu ir no mesmo caminho até que surgiu o golo da equipa da casa, apontado por Ká Semedo, um antigo atleta vitoriano nas épocas de 2014/15 e 2015/16, a comprovar que a regra do ex contra o Vitória não conhece excepção. Era o sinal que os jovens Conquistadores teriam de fazer mais para realizarem o curto regresso ao Berço com pontos no bolso.
VI - A partir daí, assistiu-se a um Vitória a querer mas a não poder. Com dificuldades em criar oportunidades de golo quanto mais para as finalizar. Uma clara manifestação de impotência de uma equipa capaz de produzir muito mais, ainda que o adversário vá vivendo um grande momento, como comprovou com a eliminação no passado fim de semana do Moreirense na Taça de Portugal. Mas, ao Vitória pede-se mais para a satisfação que, ainda, ontem foi patente na Assembleia-Geral pelo facto da equipa ter regressado à Liga 3 ser substituída pela desilusão de um mau exercido.
VII - Segue-se a partida frente à Sanjoanense na Academia no próximo Domingo. Um adversário difícil que ainda não disputou a presente jornada, mas que ainda não foi derrotada na presente edição da Liga 3. Porém, para os objectivos preconizados serem cumpridos, urge triunfar. E esta equipa já demonstrou ser capaz de o fazer e, também, jogar bem... que assim seja, no próximo dia 02.
VIII - VIVA O VITÓRIA, SEMPRE...
