Aquela noite de 30 de Setembro de 1987 entrou na história vitoriana...
Naquele dia, uma Quarta-feira, pela primeira vez, disputou-se um jogo europeu à noite, graças à colocação da luz artificial no, ainda, Municipal vimaranense. Com efeito, tratava-se de uma aspiração antiga, quase desde o primeiro momento que o Vitória se mudou para a sua nova casa, e que só em 1987 teria execução.
Assim, deixavam os jogos europeus do Vitória de serem disputados durante a tarde, possibilitando que os adeptos Conquistadores deixassem de ficar dependentes da boa-vontade dos seus chefes, professores ou outros superiores para irem ao estádio assistir a estes emocionantes desafios.
Nesse dia, com os Conquistadores a alinharem com Jesus; Costeado, Nené, Miguel, Carvalho; Nascimento, René, Adão, Tozé; Ademir e Kipulu, o Vitória não foi tão exuberante como houvera sido nos desafios europeus da temporada anterior, onde subjugara conjuntos como o Sparta de Praga, o Atlético de Madrid e o Groningen.
Perante um recinto quase cheio, notou-se a falta de poder de fogo dos Conquistadores, atento o facto de uma das apostas para essa temporada, destinada a substituir Paulinho Cascavel, que fora vendido para o Sporting. A aposta para esse lugar seria no zairense Kipulu, que, ainda assim, "fez o seu melhor jogo em Guimarães, só brilhava quando fugia para os flancos, driblava, cruzava e a defesa do Tatabanya toda tremia." Seriam, praticamente, só sustos, porque notava-se um claro poder de fogo na equipa Conquistadora.
Com o jogo empatado a zero, notava-se que "se o Vitória mostrou insuficiência atacante, o Tatabanya mostrou muito mais." Ainda que um golo do conjunto magiar pudesse gelar todos os vitorianos, seria Kipulu a fazer explodir as bancadas, que "marcou num lance de ressalto... Mereceu-o o zairense. Jogando num lugar que não é o seu, desgastante porque sozinho criou as jogadas mais bonitas do desafio."
Numa partida histórica, o Vitória seguia em frente nas competições europeias...