COMO, POR PALAVRAS, JUNIOR FRANCO EXPRESSA TODO UM SENTIMENTO, MARCANDO, DESSE MODO, UM GOLO DE ANTOLOGIA!

Um golo mais belo do que os marcados por Nélson Oliveira, Nuno Santos, João Mendes ou Gustavo Silva...

Um golo saído do coração, nas palavras de uma esperança vitoriana que, por um motivo ou por outro não se confirmou.

Falamos das palavras de Junior Franco ao Mais Futebol, depois do entrevistador ter-lhe perguntado se era benfiquista por ter no seu perfil das redes sociais uma fotografia junto da estátua de Eusébio.

" - Guimarães é casa. Eu nasci em Lisboa, mas considero-me vimaranense. A minha infância e adolescência foi lá, entrei no Vitória aos seis anos. Como não gostar do Vitória? Como não ser vitoriano? Não há outra hipótese. É uma cidade que alimenta esse amor ao clube e eu não sou diferente, não faz sentido esconder que sou vitoriano. É uma frase dita muitas vezes, mas nota-se que é um clube diferente. É fácil ser de quem ganha muitas vezes, ser do Vitória é quase que aquela aldeiazinha do Asterix, que parece que luta contra tudo e contra todos. Não será bem assim, porque os outros clubes também têm muitas lutas, mas o Vitória é especial. Pelos seus adeptos, pela história que tem, pelo que construiu ao longo dos mais de 100 anos de clube. Acho que não pode adormecer em cima desse passado, tem de olhar para o futuro, mas é um orgulho grande ser vitoriano e ir àquele estádio. Aliás, quando passámos o Rebordosa, o emparelhamento ditava-nos que se o Elvas não fizesse a campanha fantástica que fez, o nosso jogo seguinte seria em Guimarães, seguindo a lógica de o favorito ganhar. Na altura comentámos aqui e eu disse: se formos lá jogar, vou jogar no meu templo e já posso terminar a carreira descansado. Porque é de facto um clube especial e é difícil explicar em palavras. As outras pessoas podem não entender e a música diz “ninguém vai entender”, mas acho que não fica indiferente a ninguém, o Vitória, os seus adeptos e a paixão deles."

No fundo, estas palavras podiam ser o prefácio de um livro sobre o Vitória.

Tão fácil para quem viveu uma vida de Rei ao peito e quem foi bebendo a idiossincrasia profunda dos Conquistadores.

Em poucas palavras, uma perfeita definição de um sentimento que muitos tentam camuflar...talvez, por ir contra a filosofia tricéfala dominante.

Júnior, sem nunca ter jogado pela equipa principal vitoriana, marcou um dos mais belos golos do clube dos últimos tempos!

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