VALEU O QUE VALEU... MAS NÃO SABEMOS O QUE VALEU!

I - Ponto prévio: não nos lembramos da última vez que o Vitória venceu por dez golos de diferença, o que desde logo é um feito digno de realce.

II - Porém, pese embora as belíssimas e enleantes combinações gizadas na primeira metade da contenda, a verdade é que o adversário terá sido demasiado tenrinho para o que já se pretende nesta fase da pré-temporada. Numa altura em que os testes devem ter gradação crescente de dificuldades, durante a primeira parte o Vitória encontrou no Ponferradina, que fez entrar em campo a sua equipa secundária, um oponente incapaz de alinhavar dois passes seguidos, incapaz de respeitar posicionamentos e demasiado tenrinho.

III - Não tire esse todo o mérito ao que o Vitória fez, principalmente, na primeira parte. A alinhar em 3-4-3 com Diogo Sousa e Tiago Silva a puxarem da batuta, os Conquistadores criaram lances de perigo de modo consecutivo. Lances de perigo e golos atrás de golos, o que demonstra que a pontaria está afinada e que, apesar do adversário, a criatividade está em níveis altos.

IV - Por isso. marcaram-se nove golos na primeira parte. Quase outros tantos ficaram por marcar. Deu para perceber o bom entendimento entre Vando Félix a ala direito e Telmo a extremo. Percebeu-se que Toni terá de continuar a ser o xerife da defesa e se jogar ao lado de Abascal, terá de actuar um outro defesa com saída de bola "mais limpa", papel que hoje foi desempenhado por Maga. Viu-se que quando Mitrovic entrou, o Vitória manteve o nível e o ritmo, o que abonará em favor do sérvio.

V - A segunda metade seria diferente. Com equipas completamente novas, os Conquistadores não demonstraram a mesma voracidade goleadora. Mais do que isso, o Ponferradina exibiu-se a outro nível, equilibrando as operações e, apenas, sofrendo um golo, apontado por Tomás Handel. Foi o carimbar da dezena, numa tarde cheia de tentos.

VI - Realce, ainda, para o final da partida com Luís Pinto a ensaiar um esquema alternativo de 4-3-3. Neste, Beni ocupou a posição mais recuada do triângulo e os extremos apareceram bem abertos no apoio ao avançado Nélson Oliveira.Será este o esquema alternativo para situações em que seja necessário tentar algo de diverso?

VII -Segue-se, agora, o Torneio da Póvoa de Varzim no próximo fim de semana. No Sábado, perante o Vizela, apesar de não se tratar de uma equipa do principal escalão do futebol português, certamente, que a partida já trará outros desafios e outras dificuldades. Bem, precisa o Vitória delas nesta pré-temporada para entrar em rotação quase máxima na primeira jornada da Liga, no Dragão. Agora, ninguém duvide que, pelo menos, a primeira metade da partida de hoje não serviu para isso!

VIII - VIVA O VITÓRIA, SEMPRE!

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