I - O mais importante de qualquer jogo será vencer. Será um facto indesmentível e que constituirá sempre o leit-motiv de qualquer partida. Porém, se tal for feito simultaneamente com indícios de bom futebol, será tranquilizador para o futuro.
II - Os Conquistadores, hoje, frente ao Vizela, durante a primeira metade da partida, demonstraram que ainda têm um longo caminho a trilhar para se aproximarem dos níveis que se desejam.
III - Sem Tiago Silva, o conjunto vitoriano teve dificuldades em assumir o jogo. Em torná-lo fluente. Händel e Diogo Sousa acabaram por ser redundantes, Nélson Oliveira raramente deu profundidade ao ataque, parecendo desinspirado e desposicionado. Salvou-se Vando Félix na ala direita pela irreverência e imprevisivibilidade, capaz de criar os lances de maior emoção na primeira metade.
IV - Na segunda metade com a remodelação da equipa, o Vitória assumiria o controlo de jogo e mostraria maior fluência. Com Tiago Silva em campo a pautar as operações, com Camara e Arcanjo a darem vivacidade nas alas e Gustavo mais irrequieto na frente de ataque, o Vitória finalmente tomou as rédeas do jogo.
V - Dominou-o para se acercar do último reduto contrário. Começou a rematae com maior frequência. A empurrar a equipa vizelense para o seu último reduto. A deixar antever o golo, que haveria de surgir pelo seu jogador mais diferenciado, mais distinto, capaz de sozinho mexer em todas as engrenagens de todos os motores. Tiago Silva, o maestro de uma orquestra, ainda, a precisar de afinação.
VI - O Vitória vencia mas a sua exibição terá sido a confissão que ainda existe um longo caminho a percorrer.
Há a clara intenção de se criarem desequilíbrios pelas alas, de envolver os médios na defesa e no ataque com a equipa a subir e a descer em bloco
VII - Realce, também, para Camara que foi um achado (pau para toda a obra), para Mitrovic a mostrar qualidade, e o guardião Castillo muito sereno com os pés.
Na frente veremos o que aportará a nova contratação N’Doye, esperando que traga a desejada profundidade ao ataque.
VIII - Preocupação, contudo, com a serenidade defensiva. Até a chamada do jovem Rika poderá ser indiciadora que Luís Pinto ainda não terá definidos os três homens que serão a trave-mestra do último reduto.
IX - VIVA O VITÓRIA, SEMPRE…
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2025/26