Já hoje falamos do defesa Freitas.
Filho de Virgílio, uma das primeiras grandes lendas vitorianas, cedo seguiu as pisadas do pai. Assim, tornou-se apaixonado pelo futebol...e pelo Vitória-
Porém, além disso, as pessoas que o conheceram definem-no como um homem de sorte. Tanta que até a sua dispensa pelo Vitória, levou-o à Sanjoanense, onde em São João da Madeira pôde desenvolver e singrar na sua vida comercial, ganhando a desejada estabilidade.
Porém, antes disso, duas pequenas histórias haveriam de confirmar essa faceta de "Gastão", em alusão à personagem da Disney.
Assim, estávamos em 1961, e a equipa vitoriana encontrava-se em estágio no Bom Jesus. Numa das voltas dadas por lá, o jogador encheu-se fé foi ver um cauteleiro, uma figura popular de então pelos seus pregões...e por vender a sorte sob a forma de lotaria. Pois bem, ao ainda jovem António foi isso mesmo que vendeu. Pois, haveria de sair-lhe o primeiro prémio, num "feito" jamais alcançado por qualquer jogador do Vitória...ir para um estágio, algo que a maioria dos jogadores não gosta, e sair de lá com uma boa maquia nos bolsos!
Porém, não seria a única vez que seria beneficiado monetariamente. Na temporada seguinte, após o Vitória bater o Belenenses e garantir o apuramento para a final da Taça de Portugal, a direcção do clube decidiu premiar os seus atletas com um prémio de 10 contos, que, em linguagem actual, seria correspondente a 50 euros. Do nada, porém, surgiria a surpresa. A estrela da equipa e já com transferência acordada para a Bélgica, o brasileiro Lua, dirigir-se-ia a quem mandava para dizer que "entreguem o meu prémio ao Freitas que casou agora e precisa, que eu vou ganhar muito mais com a transferência." O favorecido não diria que não... confirmando a sua faceta de sortudo!