Tínhamos escrito que a renovação de Nélson Oliveira seria uma medida acertada a tomar pelo Vitória.
Uma medida que teria em conta não só os golos que o jogador marcou nesta temporada e meia em que enverga o Rei no peito, mas, acima de tudo, pelo modo como compreendeu o que é jogar no Vitória.
Acima de tudo, pela experiência que aporta à equipa, com muitos quilómetros nas pernas e juntando-se ao grupo de "bad boys" que nada temem em qualquer relvado, e no qual se inserem outros nomes como Borevkovic, Tiago Silva e ele.
Além disso, pelo modo como percebeu o que é o Vitória. Mais do que os golos e as jogadas mirabolantes, os adeptos vitorianos apreciam e aplaudem o esforço. O suor vertido até à última gota. O sentido proletário do jogo que o faz dar o corpo às balas, desgastando e moendo o juízo aos defesas contrários, propiciando que o golo surja por outros elementos.
Assim, a sua renovação por mais uma temporada só se pode saudar por tudo o que trará a um plantel sempre com jovens à procura do suporte desses guerrilheiros quase furtivos, que lhe permitem sentir-se seguros para aparecer, ousar e arriscar!
Mas, acima de tudo, a certeza que, no próximo ano, Luís Freire poderá olhar para Nélson como uma opção em duas. Ou ser o avançado de referência como tem vindo a ser, desempenhando um papel de pivot, ou então actuar como avançado móvel nas costas de outro colega, que poderá ser Chucho Ramirez ou outra que possa chegar.
Acima de tudo, a aposta em que entre a certeza da dedicação e esforço de Nélson ou um "tiro no escuro", o Vitória terá tomada a opção correcta! E que bem que o internacional português fica no balneário...