COMO BENI TEVE DE DAR TUDO DE SI, ATÉ CHEGAR AO VITÓRIA, O PATAMAR MAIS ALTO DA SUA CARREIRA...

Benedito Mambuene Mukendi é a maior aposta do Vitória para a segunda metade da temporada e, provavelmente, para as próximas épocas.

Conhecido por Beni, o jovem angolano, o jovem médio centro faz parte de uma nova geração de valores com ligação a Angola a dar cartas no futebol europeu...e, acima de tudo, com a ambição de conquistarem o mundo.

Porém, ao contrário de nomes como David Carmo, Bruno Paz ou até o "nosso" Bruno Gaspar, o jovem Beni começou a tornar reais os seus sonhos futebolísticos em África, na sua Luanda natal, ao serviço do clube mais rico e poderoso do país: o Petro de Luanda, provavelmente, dos únicos do país a ser capaz de afrontar os mais fortes do continente e com capacidade para atrair jogadores europeus a representá-lo.

Porém, o jovem Beni queria mais. Assim, sem se estrear ousou embarcar na aventura europeia, pela porta portuguesa. Um passo corajoso, ousado, ao trocar a hipótese de vencer títulos pelo clube da sua cidade, pelo Trofense, então, na Liga 3 portuguesa. Uma aposta recheada de êxito, pois foi capaz de, durante duas temporadas e meias, ser peça preponderante no meio campo do clube, ajudando-o a subir à Liga 2. Seria no final do mercado de Janeiro de 2022/23 que o médio, capaz de realizar com critério a primeira fase de construção bem como empurrar a sua equipa para a frente ao transportar a bola em progressão, que o jovem jogador sentiria que a sua aposta no futebol português estava a dar resultados. Assim, assinava pelo Casa Pia, chegando à Primeira Liga nacional, para se estrear poucos dias depois na derrota dos Gansos frente ao Benfica.

Aí, tornar-se-ia, paulatinamente, um ponto de referência. Tanto que mereceu a convocatória para a selecção angolana que iria disputar a Taça de África em 2024, onde, mais uma vez, mostrou o seu forte carácter. Com efeito, depois de ter estado os dois primeiros jogos no banco, sem ser utilizado pelo seleccionador Pedro Gonçalves, não esteve com meias medidas. Fez as malas, abandonou o estágio e anunciou a sua indisponibilidade para representar o seu país, enquanto não existissem mudanças na equipa técnica dos Palancas. Actuou de imediato pelo Casa Pia, não impedindo, contudo, a goleada sofrida por oito bolas a zero perante o Sporting. Por essa razão, não obstante a sua jovem idade, apenas foi internacional AA por três vezes pelo seu país.

Tal não impediria de continuar a crescer no seu clube. Na presente época, sob o comando de João Pereira, ainda se tornou mais importante, chegando alguma imprensa da especialidade a encontrar-lhe semelhanças ao ganês do Arsenal Thomas Partey. Provavelmente, nesta fase da sua carreira será um excesso... mas, ninguém duvide que trará muitas valências tácticas ao Vitória, actualmente, orientado por Luís Freire.

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