COMO AS EXPECTATIVAS PARA UM DEBATE EM TELEVISÃO NACIONAL GORARAM-SE INESPERADAMENTE...


Aquelas eleições no Vitória em 2003 prometiam ser escaldantes.

Na verdade, apesar da boa carreira da equipa, Pimenta Machado vivia atacado por todos os lados, tendo, inclusivamente, pouco antes das eleições sido detido para primeiro interrogatório judicial, num processo que haveria de durar anos a ficar resolvido.

Por isso, antevia-se uma dura batalha contra o candidato António Rodrigues, apoiado por vários contestatários do "pimentismo" e figuras ilustres, como os três antigos presidentes Casimiro Coelho Lima, Fernando Roriz e Gil Mesquita a prometer uma reformulação completa no "modus operandi" vitoriano.

Por isso, com as duas partes em aceso confronto, esperava-se que o frente a frente entre candidatos, a desenrolar-se no programa Fora de Jogo, fosse determinante para o eleitorado decidir em quem o seu sentido de voto deveria recair.

Porém, de um momento para o outro, aquele que será sempre o momento alto de qualquer corrida eleitoral, ficaria sem efeito, levando o Povo de Guimarães de 24 de Janeiro de 2003, a escrever "O debate que não foi."

Na verdade, quando tudo estava preparado para o momento, segundo o jornal consultado escreveu, "... a proposta de Manuel Rodrigues, para que Fernando Alberto o acompanhasse, não foi aceite, pelo que o debate se transformou em duas entrevistas separadas."

Por esse modo, quando os vitorianos esperavam, que no apogeu da democracia, os candidatos digladiassem e esgrimissem os seus argumentos olhos nos olhos, assistiram a duas entrevistas, guiadas por Paulo Catarro, que mais não foram a apresentação dos respectivos programas de candidatura.

Como concluía o artigo, "Perdeu-se o confronto. A apresentação das ideias foi mais tranquila, mas menos esclarecedora pois não se fez a sua discussão." E seria, até hoje, a última vez em que uma eleição para o clube com mais do que uma lista candidata não teve um debate...

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