Será a metáfora perfeita da temporada do Vitória.
Gustavo Silva chegou ao Vitória pé ante pé, com alguns a olharem para ele como o substituto de Jota.
Um jogador proveniente do Nacional da Madeira, cuja sagacidade e olho táctico de um jovem técnico cheio de valor, passou de lateral quase incógnito num dos extremos mais explosivos da Liga 2.
Além disso, alguém capaz de saber o que custará chegar ao topo a pulso, já que aos 14 anos, o brasileiro já trabalhava em pequenos serviços, para depois passar para a agricultura e a construção civil.
Mas, acima de tudo, a humildade de aceitar as tarefas que lhe são propostas. Ontem, como em Vila do Conde, onde entrou para o lugar de Nélson Oliveira foi ponta de lança. Provavelmente, a segunda posição mais específica numa equipa, depois da de guarda-redes. Não deixou os seus créditos por mãos alheias e fez-se à luta, deu água pela barba aos defesas contrários e marcou nas duas partidas.
Assim, em 16 jogos, já apontou 7 golos. Uma marca de realce que faz dele, neste momento, o melhor marcador dos Conquistadores, com os seus tentos divididos pelas provas nacionais e europeias.
Nele vemos este Vitória: com talento, vontade de vencer e capacidade de dar passos em frente, mas a passar quase incógnito nas pessoas que deveriam olhar mais para o Vitória e para os seus talentos.