COMO O NATAL PODIA SER BEM MAIS FELIZ, SENDO QUE ESTA EQUIPA MERECIA-O POR TUDO O QUE FEZ... MAS NEM TANTO, HOJE, AINDA QUE ATURDIDA POR UMA ATROZ FALTA DE RESPEITO COMETIDA PELOS MESMOS DE SEMPRE!

I - Temos de ser sinceros! Era difícil depois do arraial levantado pela imprensa nacional acerca da partida de Rui Borges para o Sporting, a equipa encontrar a tranquilidade necessária para enfrentar a partida. Uma atroz desconsideração ao Vitória, como se existissem, apenas, três equipas em Portugal, como se pudessem ser desrespeitados os objectivos de todos os outros conjuntos, só interessando os de sempre. No fundo, a falta de consideração habitual a todos os emblemas, que não os três de sempre, e patenteado no modo como Rui Borges foi fotografado no início da partida. Deverá ter visto mais flashes hoje do que ao longo de toda a sua carreira.

II - Talvez, como consequência disso, apesar da boa entrada no jogo, os Conquistadores viram-se a perder na partida como consequência de uma má abordagem de Mikel Villanueva a um lance. Um balde de água gelado, cujo toque o Vitória não acusou, lançando-se pra o ataque, construindo oportunidades e ameaçando o empate.

III - Empate que haveria de chegar numa grande penalidade cometida sobre Alberto (novamente em bom plano) e que, apesar de João Pinheiro o ter assinalado, o VAR terá pensado o contrário. Prevaleceu a decisão do juiz de campo e Tiago Silva, friamente, colocou um pouco de justiça no marcador.

IV - A partir daí, os Conquistadores lançaram-se em busca do El Dorado. Do golo do triunfo. Um golo que não haveria de chegar na primeira metade, chegando-se ao intervalo com o resultado igualado.

V - Na segunda metade, entraram os Conquistadores dispostos a garantirem os três pontos. Continuaram a criar oportunidades perante um Nacional, que temos de assumir, foi das equipas mais débeis que passaram por Guimarães, talvez só ao nível do Boavista.

VI - Porém, coincidentemente, aconteceu o que houvera ocorrido nessa partida. Após Nuno Santos ter colocado o Vitória em vantagem, graças a um belíssimo momento individual, ao invés da equipa ter continuado a actuar em bom ritmo, limitou-se a tentar gerir o tempo e o resultado, numa atitude que, em outras ocasiões, já tinha dado maus resultados.

VII - Rui Borges não terá sido feliz nas substituições. Dieu-Merci, estreante no ataque vitoriano, mostrou-se nervoso e com dificuldades em integrar-se. Handel, lançado em campo a meio da segunda metade, está muito longe do líder do meio campo que já foi e, ainda, viu um cartão amarelo tão estranho quanto desnecessário. Arcanjo e Zé Carlos foram redundantes, ajudando ao afundamento de uma equipa que passou os últimos minutos sem bola, sem chama e à espera que o tempo simplesmente corresse e que a ele resistisse.

VIII - Todavia, como já sucedera contra o Boavista e o Estrela da Amadora, tal atitude seria duramente castigada. Verdade que quem não quer correr riscos deve manter uma postura pro-activa, mas a verdade é que as desconcentrações nos últimos lances estão a custar pontos em demasia aos Conquistadores. Pontos que significam o afastamento dos lugares europeus!

IX - Apesar de alguma falta de sorte, sabemos que o futebol não se compadece com abrandamentos. Este Vitória, em muitos momentos do campeonato, tem cedido, tentando ser resultadista. Mas por não conseguir ou não saber actuar assim, o resultado tem, sido desastroso, significando que uma perda de pontos preocupante.

X - Neste momento, não sabemos se Rui Borges irá continuar a ser treinador do Vitória. Mas caso deixe de o ser, mais do que a sua partida, que pouco poderá ser feito para a ela obstar, importará que a escolha do seu substituto seja bem ponderada. Um homem com a mesma filosofia de jogo, com capacidade de liderança e em que todos os jogadores possam acreditar, como vai sucedendo. E com o comboio em andamento, sem tempo para uma pré-época, será um desafio para alguém poder confirmar a plenitude das suas potencialidades...

XI - Segue-se o Farense no próximo Domingo, após uma semana que se prevê de contornos novelescos. Veremos se até lá existirá um epílogo, sendo que o que tiver que acontecer, espera-se que ocorra mais rápido possível, porque as indefinições não aproveitam a quem quer que seja.

XII - VIVA O VITÓRIA... SEMPRE... QUE FICARÁ SEMPRE ENQUANTO OS HOMENS QUE O VÃO REPRESENTANDO PASSAM!

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