Estávamos na temporada 2003/04.
O Vitória, de Augusto Inácio, teimava em não encarreirar, tornando em desilusão os sonhos de uma temporada que se esperava, pelo menos, igual à anterior.
A ajudar a isso, as muitas arbitragens lesivas dos interesses dos Conquistadores que levou Pimenta a perder a paciência. Dispararia constantemente na direcção destes, não hesitando, ainda, em apresentar várias participações disciplinares contra os juizes que tinham prejudicado os interesses do clube e que eram Paulo Costa, António Costa, Elmano Santos e Paulo Baptista.
Tal resultou em decisão bombástica dos homens do apito, com sete juizes internacionais (Lucílio Baptista, Paulo Costa, Paulo Paraty, Olegário Benquerença, Duarte Gomes, João Ferreira e Pedro Proença) a vetarem os jogos dos Conquistadores.
Pimenta imediatamente reagiria, acusando o presidente do Conselho de Arbitragem da F.P.F. de «sugerir» esta recusa. «Não podem vetar!», replicou num primeiro instante, para sustentar que “o regulamento não o permite e o Vitória actuou em conformidade»” De resto, a sua voz contestatária em desfavorecimento do tão propalado «sistema» nunca se iria deixar se ouvir quando sentisse que o Vitória tinha sido prejudicado.
Por isso, garantia que existia “um conluio perfeitamente visível do presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, o senhor Pinto Sousa, sugerindo o veto. Vamos actuar em conformidade e o recurso no Conselho de Justiça vai avançar. Sinto que o clube está a ser prejudicado.”
Assim o seria até ao final da temporada, com a equipa a salvar-se miraculosamente da descida…