Pimenta Machado houvera colocado o país em polvorosa, quando, em horário nobre, assumira a existência de um saco azul nas contas do Vitória.
Tal desencadeou um verdadeiro terramoto no país futebolístico, fazendo com que as contas do Vitória fossem investigadas com minúcia e arrastando todos os seus directores à data para uma investigação criminal que fez com que todos à data fossem constituídos arguidos.
Disso, decorreram imediatas consequências.... até políticas! O governador-civil do distrito de Braga, Luís Cirilo, que na altura dos factos era secretário-geral do Vitória, viu-se obrigado a abandonar o cargo... tendo sido exonerado deste por telefone.
Segundo o próprio na altura, "quem está em funções de representação de um Governo não pode estar debaixo da mínima suspeita". Por isso, resolveu colocar o lugar à disposição, dirigindo-se a Lisboa com a carta de demissão assinada. Seria sugerido que colocasse o lugar à disposição em vez de se demitir...
Por isso, já em Guimarães, seria surpreendido com uma verdadeira bomba, com o dito telefonema a transmitir-lhe que seria substituído, naquele dia, em Conselho de Ministros, sendo sucedido pelo antigo autarca de Terras de Bouro, José Araújo.
Porém, todos os directores vitorianos, inclusivamente o antigo governador civil, veriam o processo crime ser arquivado, sendo, apenas, o antigo líder julgado por estes factos.