Aquela temporada de 2003/04 foi um verdadeiro fiasco!
Apesar do triunfo na jornada inicial perante a União de Leiria, o Vitória, orientado por Augusto Inácio, rapidamente, afundou-se nos últimos lugares de classificação.
Entre muitas arbitragens que empurraram os Conquistadores para os derradeiros lugares da tabela, esteve o jogo com o Boavista, no Bessa, onde uma polémica arbitragem do juiz Paulo Costa desencadeou a ira de Pimenta Machado. Na verdade, o Boavista vencera através de uma grande penalidade, tida como duvidosa, sendo que outra passou em claro na área boavisteira sobre Fangueiro, que fez com que o líder máximo vitoriano disparasse em direcção do juiz portuense.
Na base da indignação, o facto de, segundo o presidente vitoriano, aquele ter ligações com uma empresa que tinha conflitos com os Conquistadores e por isso encontrava-se numa situação de incompatibilidade para dirigir partidas do Vitória. Contudo, levantava a questão “se comunicou a ligação, com negligência da Comissão de Arbitragem, ou se a omitiu", para poder dirigir as partidas de o clube do Rei e, assim, prejudicá-los.
O árbitro não se ficaria. Afirmando que “colaborei part-time' numa empresa de obras públicas que também construiu alguns relvados e esta colaboração por si só não encerra qualquer tipo de incompatibilidade. Se trabalhei e não trabalho agora é porque a empresa não é minha e que “o conflito frisado pelo dr. Pimenta Machado é um assunto entre a empresa e o V. Guimarães. A mim o dr. Pimenta Machado não me deve nada nem eu lhe devo a ele.”, procurava sacudir a água do capote.
A verdade é que o Vitória seria escandalosamente prejudicado pelas arbitragens nesse ano, chegando os juizes, como retaliação, ao desespero do clube a vetarem os seus jogos… mas isso será outra história!