COMO NO PRIMEIRO JOGO EM CASA DAQUELA TEMPORADA, FRENTE A UM REGRESSADO AO PRINCIPAL ESCALÃO, SE PERCEBEU QUE FILIPOVIC NÃO IRIA TER VIDA FÁCIL, ATÉ PELAS DIFICULDADES DE FINALIZAÇÃO!

 

O início da temporada de 1998/99 não começara do modo esperado. Na verdade, mais do que a derrota frente ao sempre rival Boavista, custou ver a falta de soluções de uma equipa que Pimenta, apesar de ter deixado partir Quinito para apostar em Filipovic como treinador, ansiava que confirmasse o terceiro posto do ano anterior.

Assim, aquela partida perante a União de Leiria, regressada ao principal escalão do futebol português depois de muitos anos dele afastada, parecia ser o desafio ideal para a equipa demonstrar que a noite do Bessa fora apenas um momento infeliz numa campanha que se esperava de êxito.

Contudo, naquele Domingo de 30 de Agosto de 1998, a equipa composta por Pedro Espinha; Quim Berto, Alexandre, Márcio Theodoro, Kasongo; Paiva, Vítor Paneira, Geraldo, Milovanovic; Edmilson e Gilmar, como escreveu o jornal Sport do dia seguinte "nem de penalty", conseguiu furar o último reduto contrário.

Com efeito, "desperdiçou várias oportunidades mas a mais flagrante foi nos penalty que Vítor Paneira falhou ao permitir que Miroslav defendesse." Porém, a desencadear esse lance, quando faltavam apenas quatro minutos para a partida terminar, outro de acesa polémica que levava o periódico consultado a considerar que "foi infeliz quando Vítor Paneira falhou mas também quando o árbitro não assinalou o golo nessa mesma jogada."  Na verdade, "... Quim Berto cruzou e David Paas foi impedido de chegar à bola por um defesa leiriense. Nas costas destes dois jogadores apareceu Gilmar que empurrou a bola para o fundo da baliza. O árbitro apitou no imediato mas, na nossa opinião, de forma precipitada porque está nos livros que penalty seguido de golo... é golo!"

Independentemente de concordarmos ou não com esta interpretação, a verdade é que o Vitória fora, mais uma vez, uma sombra do que houvera sido na época anterior. A equipa, em vez de segura, "mostrou-se nervosa", sem "paciência para ultrapassar o super-ferrolho que montou neste jogo." Apesar disso, ironicamente, ainda poderiam ter vencido a partida "quando Vouzela isolado permitiu a Pedro Espinha que lhe roubasse a bola."

Com o empate a zero no final da partida, Filipovic, ainda carregado de sonhos numa bela temporada com ele ao leme, diria que "não gostei do resultado porque este era um jogo para ganhar”, culpando o facto do "futebol que praticamos foi bastante denunciado e estático porque os jogadores acusaram a responsabilidade do jogo." Acima de tudo, mostrava-se preocupado com a carência de golos, assumindo que tinha de "trabalhar mais a finalização e incentivar os jogadores para rematar mais à baliza adversária, porque quem não remata não marca."

Seria a sua imagem de marca, à excepção das partidas frente ao SC Braga e ao Chaves, mas isso serão outras histórias...

Postagem Anterior Próxima Postagem