Aquela temporada de 2006/07 foi tudo menos fácil.
Na verdade, os comandos de Norton de Matos no ano de queda no cadafalso na Segunda Liga, tiveram um arranque difícil a ponto de no final da primeira volta Norton de Matos ter sido despedido para chegar Manuel Cajuda, que teria um papel determinante na imparável recuperação vitoriana.
Recuperação essa que, também, se deveu à aposta no defesa central Franco que, apesar de ter de competir por um lugar com homens como Danilo e, principalmente, Geromel e Sereno, haveria de, em vários jogos, ser o que tinha faltado em muitos jogos dos Conquistadores: um lutador abnegado que compensava algum défice técnico como uma raça e vontade que muito jeito davam naquele escalão.
Por isso, teve papel preponderante na escalada vitoriana até aos lugares de promoção, ainda que, depois do êxito, visse o seu contrato não renovado no final da temporada. Tratou-se de uma decisão que o magoou, como confirmou posteriormente ao jornal do clube, ao dizer que "fiquei arrasado, é verdade. Aprendi a gostar mesmo do Vitória e convenci-me mesmo de que merecia ficar aqui. Mas que fique bem claro: não saí magoado com ninguém.(..) Tomaram essa opção e eu só tive que acatar."
Mais do que qualquer interesse economicista ou financeiro, Franco haveria de confessar que "O Vitória ficou-me entranhado. Para se ter uma ideia do que eu digo, não consigo ver jogos do Vitória na televisão. Vêm-me as lágrimas aos olhos."
Tão entranhado ficaria que o seu filho Gonçalo, na altura menino, tornar-se adepto fanático dos Conquistadores até hoje. Ainda na presente temporada, apesar de actuar longe do país, no Swansea, quando o Vitória vence é usar lê-lo a congratular-se nas redes sociais, como sucedeu em Braga, quando escreveu que "hoje, os vizinhos não vão dormir com o meu barulho." O Vitória tem esse poder...