A recuperação vitoriana houvera sido arrebatadora, imparável...na verdade uma série de 10 jogos sem conhecer a derrota, em que a equipa triunfou por sete vezes e empatou por três, deixou as portas abertas do regresso ao principal escalão do futebol português.
Para tudo se tornar mais fácil, urgia triunfar naquele dia 06 de Maio de 2007 perante o Portimonense e... esperar que Gondomar desse uma ajudinha no desafio frente ao Rio Ave, o principal contendor do conjunto vitoriano para o segundo lugar de ascensão ao principal escalão.
Porém, diga-se que os algarvios, orientados por Luís Martins, não eram vistos como pêra doce. Aliás, para naquela tarde, existirem possibilidades concretas de pensar em subida, muito a eles se devia, já que, surpreendentemente, tinham vencido o Rio Ave no Estádio dos Arcos duas jornadas antes.
Assim, nesse dia, com os olhos colocados no tapete verde do D. Afonso Henriques e os ouvidos em Vila do Conde, perante 26631 espectadores e com 6000 mil mulheres na Bancada Norte, o Vitória entrou em campo com Nilson; Rissutt, Geromel, Danilo, Hélder Cabral; Moreno, Flávio Meireles, Desmarets; Brasília, Rabiola e Ghilas.
Seria uma exibição demolidora, arrebatadora, que começou a ganhar expressão quando Ghilas apontou o primeiro golo da partida aos nove minutos. Tratou-se, pois, de "uma tarde perfeita, (...) e os adeptos que quase encheram o estádio D. Afonso Henriques ainda tiveram oportunidade de festejar os golos de Gondomar ia concretizando em Vila do Conde."
Na verdade, melhor haveria de ser impossível. Enquanto os golos iam-se sucedendo, com Rabiola a fazer o segundo, Brasília o terceiro e o quarto, Targino o quinto e Ghilas o sexto, de Vila do Conde chegavam saborosas notícias. O Gondomar batia o Rio Ave e colocava o Vitória em segundo na tabela e às portas da subida....
Nunca um desafio contra o Portimonense fora tão doce!