Na temporada de 1946/47, aquela em que pela última vez se disputaram os campeonatos distritais, a equipa vitoriana apresentou uma voracidade goleadora acima da média.
Na verdade, falamos de uma equipa com uma capacidade concretizada acima da média, capaz de vencer o Sporting de Fafe por dez bolas a uma e despachar o eterno rival na Amorosa por cinco bolas a zero para ir a Braga triunfar por cinco a quatro.
Mas, absolutamente extraordinário terá sido, também, o êxito perante o Gil Vicente. Nesse dia 13 de Outubro de 1946, a alinhar com Ricoca; Curado, José da Luz; Luciano, Garcia, José Maria; Alexandre, Rebelo, Brioso, Teixeira e Alcino, os Conquistadores foram-no na verdadeira acepção da palavra.
Porém, quem assistiu ao desafio, jamais poderia alvitrar que o mesmo haveria de se tornar inesquecível, já que o Vitória, apenas, foi capaz de inaugurar o marcador aos 44 minutos, através da transformação de uma grande penalidade.
A segunda parte, essa, seria inesquecível. Demolidora. Irresistível. Todos os adjectivos que possam elogiar quarenta e cinco minutos em que os jogadores vitorianos aproveitaram o desgaste que os atletas gilistas na primeira metade tinham experimentado.
Assim, em 45 minutos, o Vitória apontou 8, à razão quase um em cinco minutos. No final, os nove a zero finais demonstravam que a grande força da região tinha o nome de Vitória Sport Clube!