COMO AQUELE TRIUNFO NO BESSA, CHEIO DE ASTÚCIA, ASSINALOU UM ARRANQUE DE TEMPORADA FELIZ...

Após a realização do último campeonato distrital da história referente à época de 1946/47, que o Vitória, sob o comando de Artur Baeta triunfou ao colocar a cereja no topo do bolo com uma manita ao eterno rival, seguiu-se o campeonato nacional que começou com um empate caseiro a um frente ao homónimo sadino, graças ao golo de Rebelo.

Seguia-se, posteriormente, o sempre apetecível desafio perante o Boavista, que houvera vencido no Estoril por duas bolas a uma. Era, pois, um melindroso e apaixonante desafio que se colocava aos vitorianos que, naquele dia 01 de Dezembro de 1946, entrou em campo com o seguinte onze: Machado; Curado, Luz, Lúcio, Ferreira, José Maria, Alexandre, Rebelo, Miguel, Teixeira e Alcino.

Seria uma partida em que a astúcia vitoriana marcaria pontos, atento ao que escreveu a revista Stadium de 04 de Dezembro de 1946, que "dominar territorialmente e já alguma coisa, mas não é tudo. Um team poderá estar instalado na metade do campo do adversário e todavia isso não bastar para a conquista do triunfo."

Ao invés, o "Vitória, no fundo, cotou-se como grupo de conjunto mais sólido. Soube cerrar fileiras, quando necessário, e cair a fundo ao lobrigar os momentos de exploração. Teve, mesmo, desembaraço de remate, quase todas provenientes de avançadas pelas extremidades." Assim, colocou-se em vantagem com um golo de Miguel na primeira metade, para sofrer o empate já na segunda parte. Porém, já no final da partida, José da Luz marcaria o seu único golo de Rei ao peito para garantir um belo triunfo, dando a entender que "os vimaranenses aprestam-se para infligir algumas torturas."

O Boavista seria quem mais as sofreria na pele, ao ser goleado por oito bolas a zero na segunda volta. Mas isso, já será outra história...

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