UM SONHO LINDO DO QUAL MIRA D'AIRE NÃO NOS FEZ ACORDAR... E MAIS DO QUE CAMPEÕES NACIONAIS, TERÃO SIDO CAMPEÕES DO MUNDO!

Os fins da década de 80 e inícios da década de 90 terão sido os de apogeu do futebol jovem vitoriano.

Coordenado pelos Professor Manuel Machado, nenhum vitoriano jamais poderá esquecer a fantástica epopeia de 1991, ano em que foi conquistado o primeiro título nacional de futebol.

A maioria, aliás, dirá de cabeça a maioria dos jovens que, nesse dia, em Mira D´Aire, na final do campeonato nacional de juniores, mais do que escreverem história, tornaram-se nela. Assim: Zé Lourenço; Cerqueira, Aníbal, Miguel, David; Sérgio Lomba, João, Miguel, Geani; Armando Evangelista e Toni, tendo ainda jogado Chico e Zi.

Num jogo de nervos, as oportunidades suceder-se-iam para um lado e para o outro. Armando, estranhamente perdulário naquela tarde, terá levado muitos vitorianos a uma apoplexia nervosa... Porém, ao Vitória nada será dado! Tudo será conquistado com sofrimento e dor...

E que maior sofrimento poderia suceder naquele final de manhã um Domingo de Maio, do que a decisão do ceptro ser levado para o desempate pelas grandes penalidades? E, nesse, o Sporting ter estado a um golo de vencer, valendo um milagre feito por Zé Lourenço?

Depois, foi ter, uma vez que fosse, a felicidade de um poste negar a felicidade ao jogador dos Leões...para o Vitória fazer história!

O Vitória era campeão e a festa prolongou-se de Mira D'Aire a Guimarães. Quem viveu o momento, jamais poderá esquecer o estádio aberto às primeiras horas da madrugada, para receber aquela equipa? Todos em êxtase... todos enlouquecidos...com jogadores a misturarem-se com adeptos... todos a cantar, num sonho lindo tornado realidade!

Mais do que isso, em jeito de provocação, aqueles Conquistadores não se sagravam, apenas, campeões nacionais! Sagravam-se campeões do mundo, visto um mês depois Portugal ter vencido o Campeonato Mundial sub-20, sem qualquer um deles, numa daquelas decisões estranhas e peregrinas de quem decide no futebol português. Mas, todos aqueles que, perante 120 mil pessoas, atingiram o tecto mundial, tinham caído perante o Vitória. O Porto nas fases iniciais, o Benfica nas meias-finais do campeonato, graças a um extraordinário pontapé de livre de Geani, e aquela final que, quem a viveu, jamais a esquecerá!

O Vitória era campeão português... mas, bem vistas as coisas, podia ser do mundo!

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