UM GOLEADOR (EM ABSTINÊNCIA) A AJUDAR À CRISE

O avançado tunisino Ziad era a estrela maior daquele Vitória, na segunda passagem de Marinho Peres pelo Berço.

Goleador de créditos firmados, chegara a Guimarães na época de 1990/91, para atingir o seu apogeu na seguinte, onde foi o terceiro melhor marcador do campeonato, apenas, atrás de Ricky do Boavista e de Cadete do Sporting e ajudando no quinto posto conquistado pelos comandados de João Alves.

Dessa temporada, terão ficado na memória os extraordinários golos obtidos em Famalicão, ou em casa perante o Boavista, na certeza de estarmos perante um avançado de amplos recursos...a merecer ser cotejado com um tal de Paulinho Cascavel.

Por isso, conjuntamente com o magala Pedro Barbosa e o imprevisível bósnio, Dane, era a ponta mais afiada de um conjunto que se queria que brilhasse no campeonato e que "galopasse no cavalo de Afonso Henriques à conquista da Europa, como a música realizada por Dino Freitas e Francisco José, nesse ano, sugeria.

Porém, o Vitória teria muitos problemas. A equipa teve dificuldades em obter resultados, Dane lesionou-se gravemente ainda na primeira volta e Ziad pareceu divorciar-se dos golos.

Aliás, esses factos levaram ao despedimento de Marinho bem cedo na temporada, numa altura em que o bósnio já estava no estaleiro...e o tunisino ainda não se houvera estreado a marcar!

Assobiado e criticado por muitos, com outros a questionarem por onde andava o mortífero avançado da temporada anterior, o aríete só haveria de "abrir o ketchup" à 27ª jornada, num bis frente ao Sporting de Espinho. A partir daí, desbloqueou-se, apontando seis golos e ajudando o Vitória a garantir a manutenção com alguma tranquilidade.

Mas, aquele início da época, uma excepção de um jogador que na temporada seguinte e nos parcos desafios que vestiu de branco na seguinte, terá comprometido os objectivos colectivos... e com eles a segunda passagem de Marinho por Guimarães!

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