A temporada de 1992/93 trazia grandes expectativas para o conjunto vitoriano.
Desde logo, pelo regresso do treinador Marinho Peres que, na temporada de 1986/87, fizera os vitorianos sonhar com títulos e houvera colocado a equipa a jogar um futebol delicioso e, acima de tudo, sem medo do adversário, fosse ele quem fosse. Mas, além disso, por contratações como Tanta e Dane, que se juntaram a nomes como Paulo Bento, Pedro Barbosa ou Ziad.
Este que, no início dessa temporada, andava "divorciado" dos golos, o que fazia com que o pecúlio pontual da equipa se ressentisse, levando a que Marinho não completasse o campeonato, saindo por uma porta pequena que não merecia, atendendo ao que fizera anos antes.
Apesar disso, a ajudar a explicar as dificuldades do avançado tunisino reencontrar-se com os golos, um problema muscular numa perna , o que o impedia até de treinar bem. Contudo, para o treinador brasileiro o seu avançado andava, simplesmente, a fazer "ronha", pelo que um dia não se conteve e disparou: " - Pára de moleza Ziad, não és o Maradona."
Como o antigo jogador confessou, "não gostei e respondi-lhe de imediato: e tu não és o Zagalo."
Um bate-boca onde ficava certo que Marinho não iria ter o seu melhor ponta de lança para o ajudar a resgatar o Vitória dos lugares fundos da tabela e que Ziad só haveria de voltar aos golos já o técnico houvera sido despedido e o seu lugar ocupado pelo seu adjunto, Bernardino Pedroto.